Volume maior das importa??es e d?lar derrubam pre?os do trigo
O aumento das importa??es de trigo pelo Brasil em mar?o interrompeu a trajet?ria de recupera??o dos pre?os e as negocia??es no mercado interno. O movimento ainda foi agravado pela queda do d?lar, moeda que baliza os pre?os nas Bolsa internacionais. A tonelada da commodity, que era negociada por R$ 560 no Paran?, em fevereiro, j? recuou 20% nos tr?s ?ltimos meses, sendo encontrada atualmente por R$ 450 na mesma regi?o. Por esse motivo, produtores interromperam as vendas ? espera de melhora nas cota??es. Os moinhos, com estoques mais altos, tamb?m diminu?ram o volume de compras em compasso de espera pela isen??o da tarifa para importa??o, que poder? sair nos pr?ximos meses.
Segundo dados do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada, da Universidade de S?o Paulo (Cepea/USP), nos quatro primeiros meses de 2009 foram importadas 2,65 milh?es de toneladas. Entre fevereiro e mar?o, o volume de compras saltou 26,7%, de uma m?dia de pouco mais de 600 mil toneladas para 871 mil toneladas. O n?mero caiu pela metade em abril, quando 474 mil toneladas chegaram ao Pa?s. Luc?lio Alves, pesquisador do Cepea, explica que a maior parte do gr?o veio dos pa?ses vizinhos. No entanto, afirma que a Europa e a Am?rica do Norte tamb?m participaram com volumes pequenos. "No ano passado importamos muito mais neste mesmo per?odo. Mas como foi um ano at?pico, n?o d? nem para comparar". ? ?poca, a abundante oferta do produto na Argentina favoreceu o fluxo entre os dois pa?ses.
Lawrence Pih, presidente do Grupo Moinho Pac?fico, tamb?m afirma que os moinhos est?o retra?dos em virtude dos estoques altos. "Al?m disso, os produtores tamb?m est?o retra?dos porque est?o mais preocupados em vender soja, que est? com pre?os atrativos e ? muito mais rent?vel", acrescentou. Conforme disse, a estrat?gia da ind?stria moageira ? usar todo o estoque para depois participar dos leil?es do governo. "Acredito que o estoque seja de 1 milh?o de toneladas. ? rigor, temos trigo para tr?s meses no Brasil", completou.
O pesquisador do Cepea lembra que a safra menor na Argentina dever? aumentar a demanda do Pa?s para trigo de fora do Mercosul nos pr?ximos meses. "Os argentinos n?o deixaram de exportar ao Brasil, mas como a safra ? muito baixa neste ano exigir? compra de outras regi?es". Conforme analistas, o pa?s vizinho dever? produzir cerca de 9,5 milh?es de toneladas por causa da prolongada estiagem que atingiu o pa?s durante a matura??o da lavoura.
No entanto, Pih lembra que a libera??o da Tarifa Externa Comum (TEC) precisa levar em considera??o a produ??o interna. "O governo tem a obriga??o de proteger o produtor. A queda do d?lar j? ? um preju?zo, que pode ser agravada pela retirada da TEC, diminuindo ainda mais a demanda no mercado interno". Conforme observou, a libera??o deveria ser feita entre os meses de julho e agosto, para um volume de 500 mil toneladas. "Acredito que n?o ser? preciso mais que isso porque ainda tem a oferta em pa?ses como Uruguai e Paraguai", completou o executivo.
Alves lembrou ainda que a demanda do Pa?s ? de 10,5 milh?es de toneladas. "Ano passado produzimos 6,5 milh?es, que dever? ser repetido em 2009. Ainda assim, precisaremos de 4 a 5 milh?es de outros mercados".
Fonte: Gazeta Mercantil
Segundo dados do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada, da Universidade de S?o Paulo (Cepea/USP), nos quatro primeiros meses de 2009 foram importadas 2,65 milh?es de toneladas. Entre fevereiro e mar?o, o volume de compras saltou 26,7%, de uma m?dia de pouco mais de 600 mil toneladas para 871 mil toneladas. O n?mero caiu pela metade em abril, quando 474 mil toneladas chegaram ao Pa?s. Luc?lio Alves, pesquisador do Cepea, explica que a maior parte do gr?o veio dos pa?ses vizinhos. No entanto, afirma que a Europa e a Am?rica do Norte tamb?m participaram com volumes pequenos. "No ano passado importamos muito mais neste mesmo per?odo. Mas como foi um ano at?pico, n?o d? nem para comparar". ? ?poca, a abundante oferta do produto na Argentina favoreceu o fluxo entre os dois pa?ses.
Lawrence Pih, presidente do Grupo Moinho Pac?fico, tamb?m afirma que os moinhos est?o retra?dos em virtude dos estoques altos. "Al?m disso, os produtores tamb?m est?o retra?dos porque est?o mais preocupados em vender soja, que est? com pre?os atrativos e ? muito mais rent?vel", acrescentou. Conforme disse, a estrat?gia da ind?stria moageira ? usar todo o estoque para depois participar dos leil?es do governo. "Acredito que o estoque seja de 1 milh?o de toneladas. ? rigor, temos trigo para tr?s meses no Brasil", completou.
O pesquisador do Cepea lembra que a safra menor na Argentina dever? aumentar a demanda do Pa?s para trigo de fora do Mercosul nos pr?ximos meses. "Os argentinos n?o deixaram de exportar ao Brasil, mas como a safra ? muito baixa neste ano exigir? compra de outras regi?es". Conforme analistas, o pa?s vizinho dever? produzir cerca de 9,5 milh?es de toneladas por causa da prolongada estiagem que atingiu o pa?s durante a matura??o da lavoura.
No entanto, Pih lembra que a libera??o da Tarifa Externa Comum (TEC) precisa levar em considera??o a produ??o interna. "O governo tem a obriga??o de proteger o produtor. A queda do d?lar j? ? um preju?zo, que pode ser agravada pela retirada da TEC, diminuindo ainda mais a demanda no mercado interno". Conforme observou, a libera??o deveria ser feita entre os meses de julho e agosto, para um volume de 500 mil toneladas. "Acredito que n?o ser? preciso mais que isso porque ainda tem a oferta em pa?ses como Uruguai e Paraguai", completou o executivo.
Alves lembrou ainda que a demanda do Pa?s ? de 10,5 milh?es de toneladas. "Ano passado produzimos 6,5 milh?es, que dever? ser repetido em 2009. Ainda assim, precisaremos de 4 a 5 milh?es de outros mercados".
Fonte: Gazeta Mercantil