Vendas do agroneg?cio crescem, mas pre?os caem
O produtor mineiro est? vendendo mais ao exterior. Por?m, atingido pela crise econ?mica mundial, o com?rcio tem se mostrado bem menos rent?vel para o bolso do fazendeiro. Em junho, as exporta??es do agroneg?cio do Estado atingiram 668 mil toneladas, um incremento de 95% sobre as 343 mil toneladas enviadas para o estrangeiro em igual m?s de 2008. No caixa, entretanto, o crescimento no per?odo n?o ultrapassou 25%, com a soma chegando a US$ 516 milh?es, ante os US$ 412 milh?es arrecadados em junho do ano passado.
?O resultado da balan?a foi positivo, com crescimento no volume e na quantia. Apesar disso, vendemos muito mais em quantidade em troca de muito menos, j? que os pre?os m?dios pagos foram reduzidos de forma significativa no mercado internacional?, avaliou Jo?o Ricardo Albanez, superintendente de Pol?tica e Economia Agr?cola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento de Minas Gerais, ?rg?o respons?vel pela divulga??o dos dados, coletados pelo Minist?rio do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior (MDIC).
Segundo Albanez, o aumento no volume embarcado ajudou a compensar as perdas nos valores dos produtos agr?colas. ?S? atingimos crescimento no valor final das vendas porque a quantia vendida foi muito maior?, frisou ele, que considerou como ?bom sinal? o aumento do apetite das outras na??es. ?Isso significa que a demanda por g?neros aliment?cios ? forte, principalmente entre os pa?ses desenvolvidos?, destacou.
De acordo com o coordenador da Assessoria T?cnica da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria de Minas Gerais (Faemg), Pierre Santos Vilela, o abalo econ?mico deixou no produtor uma saudade dos tempos da ?crise dos alimentos?, cujo ?pice ocorreu no apagar das luzes de 2007, quando a demanda mundial tornou-se maior que a oferta, elevando os pre?os.
?Os valores vinham em uma tend?ncia de queda desde o final da d?cada de 90, at? que a China entrou com for?a no mercado, provocando uma super-demanda e puxando os pre?os para cima. Por?m, essa crise recente exerceu impacto negativo sobre as commodities, prejudicando os neg?cios?, relatou.
Ainda segundo Vilela, o leite, por exemplo, ficou 30% mais barato no mercado externo. Carnes em geral, carne bovina, ?leo de soja e soja em gr?o tamb?m registraram quedas de 27%, 18%, 35% e 21%, respectivamente. J? o cafeicultor, segundo suas contas, passou a receber 18% menos. Para o superintendente comercial da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxup? (Cooxup?), L?cio Ara?jo Dias, uma das maiores do mundo, os c?lculos s?o diferentes, embora tamb?m apontem para o vermelho.
?Nos primeiros meses deste ano, o pre?o m?dio da saca foi de R$ 262, 4,6% a menos que os R$ 273 cobrados em 2008?, comparou Dias, apontando a turbul?ncia mundial e a valoriza??o cambial como os fatores principais para a redu??o dos ganhos no campo. Em junho, o valor das vendas de caf? somou US$ 227 milh?es. Na compara??o com 2008, o aumento foi de 18%. J? o volume embarcado, de 99 mil toneladas, cresceu 42%.
A discrep?ncia tamb?m foi notada no setor de carnes ? bovina, su?na e aves ?, cuja movimenta??o foi de US$ 63,5 milh?es, o equivalente a um crescimento de 2,8%. J? os embarques chegaram a 29 mil toneladas, 19% a mais que no mesmo m?s de 2008. ?Neste grupo, tivemos uma queda do valor exportado de carne de aves, mas crescemos no volume e no valor comercializado de carne su?na e bovina?, comentou Albanez, associando o incremento do mercado de carne de porco ?s barreiras impostas pela R?ssia, maior comprador mundial, ao produto do M?xico, em raz?o da gripe, com a consequente op??o pelo alimento brasileiro.
As exporta??es do complexo soja ? farelo, ?leo e gr?o ? movimentaram US$ 101 milh?es no m?s de junho, com crescimento de 267% na compara??o com o ano passado. Como nos outros setores, a redu??o do pre?o m?dio dos produtos no mercado internacional foi compensada pelo aumento do volume embarcado, que aumentou 354% e chegou a 227 mil toneladas.
Para Pierre Vilela, diante do cen?rio econ?mico atual, o produtor n?o deve nutrir a expectativa de melhora de pre?os em curto prazo. ?O demandante est? com muito poder, e o vendedor, com pouco poder. Resta esperar e torcer para a manuten??o do crescimento da demanda?, diz.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, os valores das exporta??es do agroneg?cio mineiro se mantiveram est?veis em rela??o ao primeiro semestre de 2008, com uma redu??o de apenas 0,04% sobre os US$ 2,53 bilh?es negociados no mesmo per?odo do ano passado. O volume embarcado, no acumulado de 2009, foi de 2,8 milh?es de toneladas - alta de 45% ante os seis primeiros meses de 2008.
Fonte: Hoje em Dia
?O resultado da balan?a foi positivo, com crescimento no volume e na quantia. Apesar disso, vendemos muito mais em quantidade em troca de muito menos, j? que os pre?os m?dios pagos foram reduzidos de forma significativa no mercado internacional?, avaliou Jo?o Ricardo Albanez, superintendente de Pol?tica e Economia Agr?cola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento de Minas Gerais, ?rg?o respons?vel pela divulga??o dos dados, coletados pelo Minist?rio do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior (MDIC).
Segundo Albanez, o aumento no volume embarcado ajudou a compensar as perdas nos valores dos produtos agr?colas. ?S? atingimos crescimento no valor final das vendas porque a quantia vendida foi muito maior?, frisou ele, que considerou como ?bom sinal? o aumento do apetite das outras na??es. ?Isso significa que a demanda por g?neros aliment?cios ? forte, principalmente entre os pa?ses desenvolvidos?, destacou.
De acordo com o coordenador da Assessoria T?cnica da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria de Minas Gerais (Faemg), Pierre Santos Vilela, o abalo econ?mico deixou no produtor uma saudade dos tempos da ?crise dos alimentos?, cujo ?pice ocorreu no apagar das luzes de 2007, quando a demanda mundial tornou-se maior que a oferta, elevando os pre?os.
?Os valores vinham em uma tend?ncia de queda desde o final da d?cada de 90, at? que a China entrou com for?a no mercado, provocando uma super-demanda e puxando os pre?os para cima. Por?m, essa crise recente exerceu impacto negativo sobre as commodities, prejudicando os neg?cios?, relatou.
Ainda segundo Vilela, o leite, por exemplo, ficou 30% mais barato no mercado externo. Carnes em geral, carne bovina, ?leo de soja e soja em gr?o tamb?m registraram quedas de 27%, 18%, 35% e 21%, respectivamente. J? o cafeicultor, segundo suas contas, passou a receber 18% menos. Para o superintendente comercial da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxup? (Cooxup?), L?cio Ara?jo Dias, uma das maiores do mundo, os c?lculos s?o diferentes, embora tamb?m apontem para o vermelho.
?Nos primeiros meses deste ano, o pre?o m?dio da saca foi de R$ 262, 4,6% a menos que os R$ 273 cobrados em 2008?, comparou Dias, apontando a turbul?ncia mundial e a valoriza??o cambial como os fatores principais para a redu??o dos ganhos no campo. Em junho, o valor das vendas de caf? somou US$ 227 milh?es. Na compara??o com 2008, o aumento foi de 18%. J? o volume embarcado, de 99 mil toneladas, cresceu 42%.
A discrep?ncia tamb?m foi notada no setor de carnes ? bovina, su?na e aves ?, cuja movimenta??o foi de US$ 63,5 milh?es, o equivalente a um crescimento de 2,8%. J? os embarques chegaram a 29 mil toneladas, 19% a mais que no mesmo m?s de 2008. ?Neste grupo, tivemos uma queda do valor exportado de carne de aves, mas crescemos no volume e no valor comercializado de carne su?na e bovina?, comentou Albanez, associando o incremento do mercado de carne de porco ?s barreiras impostas pela R?ssia, maior comprador mundial, ao produto do M?xico, em raz?o da gripe, com a consequente op??o pelo alimento brasileiro.
As exporta??es do complexo soja ? farelo, ?leo e gr?o ? movimentaram US$ 101 milh?es no m?s de junho, com crescimento de 267% na compara??o com o ano passado. Como nos outros setores, a redu??o do pre?o m?dio dos produtos no mercado internacional foi compensada pelo aumento do volume embarcado, que aumentou 354% e chegou a 227 mil toneladas.
Para Pierre Vilela, diante do cen?rio econ?mico atual, o produtor n?o deve nutrir a expectativa de melhora de pre?os em curto prazo. ?O demandante est? com muito poder, e o vendedor, com pouco poder. Resta esperar e torcer para a manuten??o do crescimento da demanda?, diz.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, os valores das exporta??es do agroneg?cio mineiro se mantiveram est?veis em rela??o ao primeiro semestre de 2008, com uma redu??o de apenas 0,04% sobre os US$ 2,53 bilh?es negociados no mesmo per?odo do ano passado. O volume embarcado, no acumulado de 2009, foi de 2,8 milh?es de toneladas - alta de 45% ante os seis primeiros meses de 2008.
Fonte: Hoje em Dia