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Urucum: o pigmento que vale ouro
No come?o, ele era apenas um pigmento utilizado pelos ?ndios para enfeitar o corpo. Hoje, ? muito mais que isso. Com a proibi??o de corantes artificiais, sobretudo na Europa, o urucum se torna um componente importante para o agroneg?cio, tanto para o mercado interno, quanto para o externo.



O corante do urucum est? basicamente concentrado em sua semente, que possu? uma subst?ncia chamada bixina. ? ela que d? cor aos tecidos e aos alimentos, tanto produzidos pelas ind?strias (t?xteis, frigor?ficas, aliment?cias e farmac?uticas), como para colorir os alimentos ? o usual color?fico.

? certo que o urucum j? existia no Brasil desde antes da chegada das esquadras de Pedro ?lvares Cabral ? terra de Vera Cruz, em 21 de abril de 1500. Por?m sua primeira men??o oficial foi feita na carta escrita por Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel, de Portugal, comunicando o encontro dessas terras al?m mar.

"Estava tinto de tintura vermelha pelos peitos e costas e pelos quadris, coxas e pernas at? baixo, mas os vazios com a barriga e est?mago eram de sua pr?pria cor. E a tintura era t?o vermelha que a ?gua lha n?o comia nem desfazia. Antes, quando sa?a da ?gua, era mais vermelho", descreve Caminha, em uma passagem da Carta.

"E estavam cheios de uns gr?os vermelhos, pequeninos que, esmagando-se entre os dedos, se desfaziam na tinta muito vermelha de que andavam tingidos. E quanto mais se molhavam, tanto mais vermelhos ficavam", continua, no documento que ? considerado a certid?o de nascimento do Brasil.

Para Sander, pertencente a tribo Terena, o urucum tem uma import?ncia est?tica: "N?s o utilizamos mais para a pintura de pele", afirma. Ele conta que nas dan?as de sua tribo as pessoas usam duas cores ? o vermelho e o preto ?, mas que a escolha ? aleat?ria. "Para n?s, as tintas n?o t?m nenhum significado, s? as usamos nas festas".

PRODUTO DO AGONEG?CIO

Hoje, o urucum ? mais do que apenas um pigmento utilizado por diversas tribos ind?genas. "O urucum pode ser um substancial componente ao agroneg?cio", diz Marli Costa Poltronieri, pesquisadora da Embrapa Amaz?nia Oriental, em Bel?m (PA). "O mercado para corantes naturais est? aberto e hoje a valoriza??o por produtos naturais ? forte e tem apelo", continua.

Segundo ela, o urucum pode ser cultivado em v?rias regi?es do Brasil. "Ele n?o tolera temperaturas baixas, tampouco geadas. A temperatura deve ficar em torno de 22?C e 27?C. Al?m disso, ele prefere um clima com abund?ncia de chuvas e boa distribui??o mensal da mesma", explica a pesquisadora.

Quanto ao solo, Marli comenta que a planta tem prefer?ncia por terras f?rteis e com relativa umidade. Isso n?o significa, por?m, que a planta, nativa da Am?rica tropical, tenha algumas resist?ncias clim?ticas. "O urucum ? uma planta r?stica que suporta at? tr?s meses sem chuva. Mas ele se recupera rapidamente nas primeiras precipita??es", conta.

Mesmo com demanda de mercado, tanto na ind?stria nacional como um produto que encontra boa procura no exterior, o cultivo de urucum n?o ? feito em alta escala. Marli aponta que o motivo ? o pre?o, pouco atrativo ao agricultor. No entanto, faz uma ressalva: "O produto pode ser mais comercializado desde que seja agregado valores que possam estimular o produtor na amplia??o de seu cultivo. Isto pode ser obtido dependendo da organiza??o deles em, por exemplo, cooperativas ou associa??es, dentre outras", conclui.

Fonte: Ci?ncia Web

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