Cookies: Utilizamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso. Por favor, verifique nossa política de cookies.

Entendi e Fechar
Urucum ganha for?a no agroneg?cio brasileiro
Al?m de ser utilizado em diversos segmentos industriais, produto tem a disposi??o processo qu?mico que garante uma pasta com teor mais concentrado.

O urucum come?a a ganhar ares de nova alternativa para o agroneg?cio brasileiro. O mercado nacional e internacional necessita do produto extra?do, um corante natural utilizado em uma gama diversa de ?reas. Na Europa j? existe a proibi??o do color?fico artificial. Com isso, novas tecnologias s?o desenvolvidas, para melhorar a lucratividade do produtor e tamb?m para garantir ao industrial um composto com um maior teor de bixina, produto final do urucum.

?O corante ? um coadjuvante da tecnologia?, diz D?cio Pilli, produtor na cidade de Boca da Mata (AL). ?H? demanda na ?rea frigor?fica, aliment?cia, farmac?utica e t?xtil?, complementa. A vantagem do produto natural, segundo Pilli ? que ele ? eliminado pelo organismo, ao contr?rio do corante artificial. ?Al?m disso, o natural ainda tem uma porcentagem de vitamina A?, explica.

No entanto, a pesquisadora da Embrapa Amaz?nia Oriental, em Bel?m (PA), Marli Costa Poltronieri, afirma que h? a possibilidade da planta ganhar maior import?ncia. ?O urucum pode ser um substancial componente ao agroneg?cio desde que ao cultivo seja agregado valores que possam estimular o produtor na amplia??o de seu cultivo?, diz. Para isso, segundo ela, ? necess?rio que eles se organizem em, por exemplo, cooperativas e associa??es. ?O mercado para corantes naturais est? aberto. Hoje a valoriza??o por produtos naturais ? forte e tem apelo?, acrescenta.

Marli comenta que a planta pode ser cultivada em v?rias regi?es do Brasil. ?O urucum ? nativo da Am?rica tropical, n?o tolera temperaturas baixas, tampouco geadas. A amplitude t?rmica fica em torno de 22? e 27??, explica. Apesar de preferir um clima chuvoso, o urucum consegue suportar at? tr?s meses sem a precipita??o. ?Mas ele se recupera rapidamente nas primeiras chuvas?, complementa a pesquisadora. Outra caracter?stica da planta ? sua f?cil adapta??o a diferentes tipos de solo. ?Sua prefer?ncia, por?m, recai sobre solos mais f?rteis, predominando relativa umidade. Solos de baixa fertilidade podem ser utilizados para o cultivo, desde que se utilize fertilizantes de acordo com an?lise do solo feito em laborat?rio especializado?, analisa.

Tecnologia na extra??o - ?O urucum n?o ? uma cultura de destaque na agricultura nacional. Acho que isso acontece devido ao pre?o que muitas vezes n?o ? atrativo ao produtor?, salienta a pesquisadora. Pensando nisso, Pilli, que trabalha no segmento h? 30 anos, come?ou a desenvolver uma tecnologia para a cria??o de um produto pronto para o consumo com alto teor de bixina. ?Percebi nesse tempo que o produtor trabalhava muito e ganhava pouco?, diz.

H? cinco anos ele pesquisa novas tecnologias e chegou a nove t?cnicas de extra??o de urucum. Uma delas, ainda sem nome industrial, mas chamado de Projeto de Corantes (Projecor) tem como produto final uma pasta com teor super concentrado de bixina. Segundo o produtor, ? um processo barato, que custa em torno de R$ 3 mil. Quanto ? pasta, ? poss?vel fazer uso em qualquer dos segmentos industriais que necessitam de corantes.

A t?cnica ? dividida, basicamente, em quatro etapas: a primeira ? a limpeza da semente, que ? feita em chapa, para n?o prejudicar. Depois h? o acr?scimo de ?gua na propor??o de um para tr?s (o que significa que para cada quilo de semente de urucum, s?o necess?rios tr?s litros de ?gua). A fase posterior ? a extra??o hidroalco?lica, na qual para cada quatro litros de produto ? necess?rio um litro de solvente.

O resultado desses processos qu?micos passa por um novo processo, o de acidifica??o, no qual o solvente ? separado da pasta. O excedente de sementes pode ser utilizado como complemento para ra??o de animais criados em confinamento. Outro aproveitamento dado por Pilli ? planta ? fazer, com as folhas, um corante de cor amarelo esverdeado. ?O produto n?o tem prazo de validade porque est? em meio ?cido e isso garante a conserva??o normal?, comenta o produtor. ?Meu interesse ? na transfer?ncia da tecnologia desenvolvida?, finaliza. | Por: Michel Lacombe/Portal RIPA. [ Foto: Urucum ? utilizado em diversos segmentos da ind?stria e ganha espa?o na Europa com proibi??o de corantes artificiais].

Fonte: Fator Brasil

Compartilhe nas Mídias Sociais

Fale Conosco
(27) 3185-9226
Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, Torre A, 11° andar.
Santa Lúcia, Vitória-ES
CEP: 29056-243
CNPJ: 04.297.257/0001-08