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Setor sucroenerg?tico cobra firmeza contra desmatamento da Amaz?nia
O Brasil precisa adotar medidas firmes contra a destrui??o da Floresta Amaz?nica e, assim, assumir uma posi??o de lideran?a global nas negocia??es sobre mudan?as clim?ticas. A opini?o ? do presidente da Uni?o da Ind?stria de Cana-de-A??car (UNICA), Marcos Sawaya Jank, que palestrou no Encontro Empresarial Brasil-UE (Uni?o Europ?ia), em 23 de dezembro de 2008, no Rio de Janeiro. Realizado na semana do Natal, o evento contou com as presen?as dos presidentes Luiz In?cio Lula da Silva, do Brasil, e Nicolas Sarkozy, da Fran?a, que ocupa temporariamente a presid?ncia da UE.

De acordo com Jank, o Pa?s precisa fazer a sua parte. ?Se fiz?ssemos uma redu??o expressiva da taxa anual de desflorestamento da Amaz?nia, assumir?amos uma posi??o de lideran?a global nas negocia??es sobre o clima, porque mais de 75% de nossas emiss?es (de gases de efeito estufa ? GEE) est?o relacionadas ao desmatamento ilegal, cujas ra?zes s?o as defici?ncias da fiscaliza??o e a falta de direito de propriedade da terra?, afirmou o presidente da UNICA. Apenas 4% das terras da Amaz?nia t?m t?tulos incontest?veis, o que transforma a floresta em alvo para posseiros e grileiros.

Jank, no entanto, elogiou os esfor?os que passaram a ser empreendidos pelo governo federal: ?Felizmente, o governo decidiu enfrentar este problema e anunciou, numa mudan?a hist?rica de posi??o, metas internas de redu??o de desflorestamento na COP 14, a Confer?ncia das Partes da Conven??o-Quadro das Na??es Unidas sobre Mudan?a do Clima, realizada em dezembro em Poznan, na Pol?nia). As metas internas fazem parte do Plano Nacional de Mudan?as do Clima, aprovado pelo presidente Lula.


O presidente da Fran?a,Sarkozy, ao lado
do presidente Lula O presidente da UNICA acredita que se o Brasil realmente atingir o objetivo estabelecido no Plano, de reduzir o desmatamento da Amaz?nia para o patamar de 5.740 km2 por ano at? 2017, ser? dado um enorme passo no controle da ocupa??o da floresta. ?A meta, contudo, s? ser? atingida se o setor privado tamb?m se engajar no processo?, ressaltou Jank. ?A morat?ria da ind?stria da soja na Amaz?nia e o apoio irrestrito da ind?stria sucroenerg?tica ? interdi??o de novos plantios de cana na floresta amaz?nica e no Pantanal s?o exemplos de amadurecimento seguido de atitudes concretas de empres?rios no tema da sustentabilidade?, completou.


Agenda do ano novo

Em 2009, as discuss?es e consequentes a??es contras as mudan?as do clima no planeta estar?o no centro das aten??es do setor sucroenerg?tico, que tem trabalhado ativamente dentro e fora do Brasil em defesa da utiliza??o de fontes renov?veis e mais limpas de energia, entre elas, o etanol de cana-de-a??car. A UNICA enviou ? COP 14 uma equipe liderada pelo diretor-executivo da entidade, Eduardo Le?o de Sousa, e focada no tema. ?A despeito das calorosas emo??es que cercam o tema da redu??o das emiss?es de gases do efeito estufa (GEEs), que provocam mudan?as no clima, o fato ? que 11 anos ap?s a ado??o do Protocolo de Kyoto os resultados ainda s?o bastante modestos?, avaliou Jank.

Ap?s mais de uma d?cada, os Estados Unidos se recusaram a ratificar o protocolo que haviam assinado inicialmente, e a maioria dos pa?ses ricos ainda est? longe de atingir as metas de redu??o propostas. ?A compensa??o por meio do chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) tamb?m encontra imensas dificuldades burocr?ticas na sua operacionaliza??o?, criticou Jank. ?Os pa?ses em desenvolvimento dividem-se entre os que exigem redu??es expressivas, porque correm risco de desaparecer do mapa, como os pa?ses insulares; os que se recusam a avan?ar, como os produtores de petr?leo; e os que esperam que os pa?ses ricos fa?am a sua li??o de casa antes de pedir o comprometimento dos mais pobres?.

No caso do Brasil, na vis?o de Jank, h? um enorme potencial para reduzir emiss?es de GEEs. ?Temos tudo para reduzir nossas emiss?es com pol?ticas de fomento ao crescimento sustent?vel na matriz energ?tica brasileira da parcela dos renov?veis, como carv?o vegetal renov?vel, etanol e biomassa de cana-de-a??car, biodiesel, energia e?lica e solar?, defendeu Jank.

O Brasil conta hoje com uma das matrizes mais limpas do planeta, com 46% de energias renov?veis. ?Apesar disso, infelizmente, a expans?o de termoel?tricas sujas ? base de carv?o mineral e ?leo combust?vel e a permanente tenta??o de reduzir os impostos e os pre?os administrados da gasolina podem levar a uma queda da participa??o dos renov?veis na matriz energ?tica, a exemplo do que ocorreu nos anos 1990?, prev? o executivo.

Cen?rio mundial

O presidente da UNICA acredita que os democratas americanos, liderados pelo presidente eleito Barack Obama, v?o mudar o rumo dos EUA no que se refere ? mudan?a clim?tica. ?Espera-se que os Estados Unidos se apresentem na 15? confer?ncia, em Copenhague (COP 15), com posi??es inovadoras, assumindo um papel de lideran?a nas negocia??es do acordo p?s-Kyoto, j? que o novo governo americano deve combinar pol?ticas fiscais expansionistas com incentivos a tecnologias menos poluentes?.

Para Jank, no entanto, as discuss?es em Poznan mostraram que n?o basta vontade pol?tica para lutar contra as mudan?as do clima. ?Estados Unidos, Uni?o Europ?ia, Brasil, China, ?ndia e Indon?sia s?o atores centrais que precisam exercer lideran?a na discuss?o de novas metodologias e mecanismos de incentivo e em compromissos mais ambiciosos de redu??o de emiss?es?. E completou: ?ao menos internamente, ? hora de o governo e empres?rios brasileiros come?arem a estudar seriamente a possibilidade de assumirmos metas ambiciosas de redu??o de emiss?es por setor, com sistemas de compensa??es e pol?ticas p?blicas que premiem tecnologias que tragam benef?cios sociais e ambientais para a sociedade?.

fonte: Unica

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