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Setor quer cr?dito carbono para iniciativas ambientais
A iniciativa privada do agroneg?cio brasileiro quer transformar desmatamento, redu??o de queimadas e manuten??o de matas ciliares em cr?dito de carbono. Estima-se que o Pa?s teria o equivalente a at? US$ 2 bilh?es em pap?is com potencial de serem negociados no com?rcio internacional nesse segmento.

O setor j? est? se organizando para que o pleito seja levado pelo Itamaraty para a mesa de negocia??o da Confer?ncia das Partes (COP-15) da Conven??o do Clima, que se realizar? em Copenhagen, em dezembro deste ano. No entanto, a iniciativa de transformar o Pa?s no que chamam de prestador de servi?os ambientais pode esbarrar justamente no ?mbito governamental, j? que outras agendas, de car?ter pol?tico, estar?o em pauta.

Para as entidades que comp?em a Associa??o Brasileira de Agrobusiness (Abag) iniciativas como a redu??o do desmatamento e outros servi?os ambientais devem ser remuneradas com financiamento direto. Segundo Carlo Lovatelli, presidente da Abag e da Associa??o Brasileira das Ind?strias de ?leos Vegetais (Abiove), isso geraria um mercado que atrairia fundos nacionais e internacionais. "Pode ser feita uma bela produ??o disso para ser colocada no mercado e o governo substituiria a??es de controle no agroneg?cio brasileiro", disse Lovatelli na abertura da 8? edi??o do Congresso Brasileiro de Agribusiness, que come?ou ontem e acaba hoje, em S?o Paulo. Segundo ele, o Pa?s est? fazendo sua parte na preserva??o ambiental, mas n?o est? conseguindo a contrapartida de forma adequada.

Ingo Pl?ger, presidente da IP Desenvolvimento, consultoria especializada em sustentabilidade e internacionaliza??o, explica que h? dois mercados de cr?dito de carbono: um atrelado ao Protocolo de Kyoto e outro liderado pelos Estados Unidos, que negociam seus pap?is na Bolsa de Chicago. "Ser? dif?cil o Brasil recolocar esses itens na pauta das Na??es Unidas (ONU) porque o governo brasileiro est? comprometido com Kyoto e poderia ficar numa situa??o pol?tica delicada", afirmou. "O setor privado agr?cola tem interesse, mas o governo est? em uma saia-justa", destacou Pl?ger, tamb?m diretor da Abag.

Presente no evento da Abag, Geraldo Fontelles, ministro interino da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa), disse que o assunto j? est? tramitando no Congresso Nacional. "? interesse do governo beneficiar produtores que aderem a crit?rios de sustentabilidade", afirmou. Ainda segundo o ministro, o governo federal j? vem agindo nesse sentido, concedendo limites maiores de empr?stimo a quem preserva o meio ambiente.

Para Roberto Rodrigues, ex-ministro do Mapa e coordenador do Centro de Agroneg?cio da Funda??o Get?lio Vargas (FGV), a quatro meses do evento sobre mundan?as clim?ticas da ONU, as entidades do setor t?m projetos avan?ados na ?rea de sustentabilidade, mas ainda falta unidade ao discurso. "O tempo ? curto para que o governo se organize e articule melhor. H? muitas vis?es divergentes", avalia. "? preciso harmonizar essa quest?o dentro do governo", completou Rodrigues.

Em S?o Paulo, o governo do Estado deve divulgar em setembro a lei de pagamento por servi?os ambientais que destina recursos a quem preservar a ?gua.

Parte do aporte poder? ser gerado pela cobran?a pelo uso da pr?pria ?gua. A informa??o foi dada por Jo?o Sampaio, secret?rio de Agricultura de S?o Paulo, que destacou que a quest?o da sustentabilidade esbarra na renda.

Em 2008, o desmatamento da Amaz?nia no territ?rio brasileiro contribuiu com aproximadamente 2,5% das emiss?es globais de gases do efeito estufa (GEEs), respons?veis pelo aquecimento global, de acordo com c?lculos preliminares feito por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Estados Unidos

O Senado norte-americano j? est? examinando um projeto de lei que prev? a implanta??o de um sistema de redu??o nas emiss?es do pa?s que, se aprovada, aumentar? o poder de negocia??o dos produtores rurais dos Estados Unidos no mercado de cr?ditos de carbono. De acordo com levantamento da Ag?ncia de Prote??o Ambiental (EPA), a receita bruta anual com a venda de cr?ditos de carbono pelos produtores poderia chegar a US$ 2,1 bilh?es no cen?rio de curto prazo (2012-2018), US$ 7,6 bilh?es no de m?dio prazo (2027-2033) e US$ 28,4 bilh?es na proje??o de longo prazo (2042-2048). As novas metas tamb?m dever?o ter efeito direto nos pre?os, que subiriam de US$ 13 a tonelada (2012) para US$ 16 (2020), US$ 27 (2030) e US$ 70 (2050), de acordo com as proje??es da EPA.


Fonte: DCI

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