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Safra menor no Brasil ? mais um problema para economia mundial

Muitos produtores brasileiros tinham a esperan?a de que a alta no mercado de gr?os os ajudaria a pagar as d?vidas e se tornarem mais competitivos em rela??o aos produtores americanos, que h? muito s?o os l?deres mundiais em produtividade agr?cola. Agora, por?m, com falta de capital, os brasileiros est?o reduzindo o tamanho das planta??es e at? deixando de pagar d?vidas. A acentuada queda nos pre?os de diversos produtos no mercado mundial e o aumento no custo dos suprimentos agr?colas, combinados com o aperto no cr?dito, est?o reduzindo o ritmo de um dos fornecedores de alimentos que mais cresce no mundo.



O desaquecimento do cintur?o agr?cola brasileiro pode afetar toda a economia do pa?s, a maior da Am?rica Latina e que vinha, ao lado de R?ssia, China e ?ndia, puxando o crescimento do mundo emergente. Nos ?ltimos anos, com o aumento da demanda global por gr?os, os produtores brasileiros cultivaram a terra a um ritmo febril para plantar soja estradas foram abertas no interior do pa?s para transportar a produ??o. O aumento no pre?o dos gr?os em todo o primeiro semestre de 2008 acelerou essa expans?o. Agora, os produtores est?o tendo dificuldade de conseguir empr?stimos para cobrir o alto custo dos fertilizantes, pesticidas e sementes. Para esses empr?stimos, eles sempre dependeram muito de um punhado de cerealistas multinacionais, como Archer-Daniels-Midland Co., Bunge Ltd. e Cargill Inc.



Ao contr?rio dos Estados Unidos, onde os fazendeiros dependem de empr?stimos do governo e de bancos privados, no Brasil at? 40% do financiamento v?m de empresas agr?colas. Essa porcentagem pode cair para at? 25% este ano, segundo o ex-ministro da Agricultura Marcus Vinicius Pratini de Moraes, hoje conselheiro independente do JBS SA. Agora que a volatilidade no mercado de commodities e a crise financeira global aumentaram os riscos e os custos de fazer neg?cios no Brasil, as grandes empresas cerealistas est?o freando o os empr?stimos. "Cada empresa est? tentando garantir o m?ximo poss?vel de capital (para suportar) os efeitos de longo prazo da crise do cr?dito", diz Stefano Rettore, gerente-geral da CHS Brasil. "Isso est? deixando menos capital dispon?vel para financiar a agricultura brasileira."



Esse aperto deve contribuir para uma queda de 2% na produ??o brasileira de soja para a safra de 2008-2009, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. Na ?ltima quarta-feira, a fabricante americana de equipamentos agr?colas Deere & Co. divulgou sua previs?o de que as vendas desses equipamentos na Am?rica do Sul cair?o em at? 20% no ano que vem, em parte devido ? "dif?cil situa??o do cr?dito no Brasil", diz Susan Karlix, diretora de comunica??es, em uma teleconfer?ncia com os investidores. A Bunge, um dos maiores processadores mundiais de soja, cortou em 70% os pagamentos adiantados em dinheiro aos produtores agr?colas brasileiros desde o final do ano passado, segundo informes da empresa. A Bunge, tal como outras cerealistas, concede empr?stimos e pagamentos adiantados em dinheiro aos produtores, em troca de entregas futuras de cereais.



"Basicamente, estamos sendo mais seletivos", disse Stewart Lindsay, porta-voz da Bunge, "a fim de gerir melhor nosso capital de giro em um n?vel global, e sermos prudentes em termos de risco, em um ambiente de pre?os que j? demonstrou ser vol?til". As americanas ADM e Cargill informam que aumentaram o volume total de cr?dito dispon?vel para os produtores brasileiros. Mesmo assim, os fazendeiros dizem que os empr?stimos n?o bastam para cobrir seus custos cada vez maiores. Na ?ltima d?cada, o financiamento privado para os fazendeiros incentivou o r?pido crescimento da agricultura e da infra-estrutura na regi?o Centro-Oeste, ajudando o pa?s a tornar-se um dos maiores produtores agr?colas mundiais. Hoje o Brasil ? o maior produtor de soja depois dos EUA, respondendo por uma quarta parte da produ??o mundial desse gr?o. Ao longo dos anos, os fazendeiros brasileiros acumularam vultosas d?vidas depois de uma s?rie de colheitas fracas e de taxas de c?mbio desfavor?veis, no in?cio da d?cada. Essas d?vidas est?o fazendo com que muitos encontrem dificuldade para tomar novos empr?stimos.



O custo total da produ??o das tr?s principais lavouras de Mato Grosso - soja, milho e algod?o - deve aumentar 42% este ano em rela??o ao ano passado diz Michael Cordonnier, presidente da consultoria americana Soybean & Corn Advisor. Agora, al?m de economizar com fertilizantes e insumos - o que aumenta o risco de redu??o da safra -, muitos produtores est?o deixando de pagar d?vidas e equipamentos importantes para garantir produtividade est?o sendo retomados pelos bancos. Mais de cem m?quinas como tratores e colheitadeiras confiscadas nos ?ltimos dias no Mato Grosso, o campe?o nacional da produ??o de soja, diz Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, Associa??o dos Produtores de Soja do Mato Grosso.


Fonte: ExpressoMT/Aprosoja

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