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Queda das exporta??es preocupa setor de carnes
A forte queda das exporta??es de carnes em novembro, provocada por efeitos da crise de cr?dito e da paralisa??o das atividades do Porto de Itaja? (SC), acende a luz amarela para o comportamento das vendas externas do setor de alimentos nos pr?ximos meses. A falta de liquidez internacional n?o deixou de fora os importadores das carnes brasileiras, que renegociam pre?o e reduzem as compras, especialmente a R?ssia. Para um segundo momento da crise, n?o est? descartada a possibilidade de diminui??o no volume total das importa??es, desta vez em resposta ? perspectiva de queda na demanda por prote?na animal.
Nos ?ltimos dez anos, a produ??o mundial de carnes cresceu a uma taxa m?dia de 2,4% ao ano, impulsionada pelo processo de urbaniza??o da popula??o de pa?ses emergentes, especialmente a China, conforme destaca relat?rio da Ativa Corretora. Por apresentar uma demanda menos el?stica do que produtos considerados menos essenciais, espera-se que o consumo mundial de alimentos n?o acompanhe um movimento de desacelera??o ou retra??o no PIB na mesma propor??o. Mas ? fato que alguns segmentos sofrer?o mais do que outros com a crise.

Os frigor?ficos com forte atividade exportadora tendem a ser afetados de forma mais intensa pelo efeito da redu??o do ritmo de crescimento da economia global. Na avalia??o da Ativa, com a previs?o de prov?vel recess?o em diversos pa?ses desenvolvidos no pr?ximo ano, assim como a desacelera??o do crescimento das economias emergentes, o comportamento do consumidor deve mudar diante da redu??o da renda dispon?vel, resultando na queda da demanda por carne bovina, que poder? ser substitu?da por alimentos de menor valor.

O segmento de bovinos, ali?s, foi o primeiro a ser atingido pela queda de bra?o na negocia??o de pre?o de exporta??o. E os dados das exporta??es de novembro mostraram que o volume tamb?m come?a a sentir. De acordo com dados da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex), as exporta??es de carne bovina ca?ram 42,8% no m?s passado, em rela??o ao mesmo per?odo de 2007, de 89 mil para 56 mil toneladas.

Enquanto a queda nos embarques de carne su?na e de frango foram diretamente impactadas pela suspens?o das atividades do Porto de Itaja?, que est? fechado desde o ?ltimo dia 21 em virtude das fortes chuvas que atingiram o Estado, a retra??o nas exporta??es de carne bovina n?o teve essa motiva??o.

Exporta??es

A carne su?na teve uma queda semelhante no volume das exporta??es em novembro, da ordem de 53,6% na compara??o anual, segundo dados da Secex. J? a Associa??o Brasileira da Ind?stria Produtora e Exportadora de Carne Su?na (Abipecs) contabilizou uma queda de 48%, para 27,47 mil toneladas embarcadas em novembro ?ltimo.

O presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, atribuiu parte da queda expressiva aos problemas no porto catarinense. No ano passado, Itaja? respondeu por 55% dos embarques. Para minimizar os efeitos dos problemas log?sticos, as empresas procuraram redirecionar suas cargas para outros portos, como S?o Francisco e Rio Grande. Mas esse problema pontual n?o ? o ?nico enfrentado pelas ind?strias. Segundo ele, a crise financeira global prejudica o com?rcio exterior em fun??o do corte dr?stico de linhas de cr?dito e pela alta volatilidade das moedas, que prejudica o fechamento de contratos.

Com as dificuldades, a Abipecs admite a possibilidade de "moderada" retra??o da demanda, que do ponto de vista de rentabilidade deve ser compensada por custos mais baixos. Para as exporta??es, a entidade espera a manuten??o das vendas externas no patamar de 600 mil toneladas.

Por ser uma prote?na animal mais barata, o consumo de carne de frango deve ser o menos afetado pela crise. Isso significa que, no m?dio prazo, pode haver a migra??o do consumo de carne bovina para a de frango. Al?m disso, a valoriza??o do d?lar torna o produto brasileiro mais competitivo frente ao produto americano. No entanto, a Associa??o Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef) reviu sua proje??o para as exporta??es do produto em 2009. A Abef estima agora um crescimento de 5% nas vendas, ante os 15% esperados anteriormente.

Novos Mercados

Temendo um primeiro trimestre mais dif?cil, a Abef est? estimulando os seus membros a reduzir em aproximadamente 20% o alojamento de pintinhos, com a finalidade de adequar os estoques ? nova realidade do mercado. Al?m disso, a associa??o quer investir na conquista de novos mercados para o frango brasileiro, como ?ndia, China continental, Indon?sia, Mal?sia e M?xico.

No curto prazo, a crise de cr?dito que atingiu os pa?ses importadores, principalmente a R?ssia, prejudica os resultados. Segundo a Associa??o Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), foram exportadas 220 mil toneladas em novembro, ante 315 mil toneladas em outubro, o equivalente a uma queda de 30%. Em compara??o a novembro de 2007, a retra??o ? de 22% nas exporta??es de carne in natura, de acordo com a Secex. A expectativa da entidade para as vendas externas no m?s passado era de 320 mil toneladas.

Esse resultado deve-se principalmente aos problemas em Santa Catarina, pois o Porto de Itaja? ? respons?vel por 40% das exporta??es de frango brasileiras, no m?nimo. A Sadia, a maior exportadora de aves do Pa?s, diz que n?o houve preju?zo financeiro ? companhia, e que os danos foram mais do ponto de vista de cronograma, pois a empresa teve de se organizar para redirecionar os embarques para outros portos, como Paranagu?, no Paran?, e S?o Francisco, em Santa Catarina.

Desta forma, o atraso nos embarques deve ser compensado no m?s seguinte. O diretor vice-presidente de Opera??es da empresa, Valmor Savoldi, afirma que se o balan?o do quarto trimestre da Sadia mostrar queda nas exporta??es, ser? pela escassez de cr?dito ocasionada pela crise internacional, n?o em raz?o dos problemas em Itaja?. Ele disse ? Ag?ncia Estado que a companhia perdeu 700 toneladas de frango por conta das inunda??es, mas ressaltou que essa perda ser? compensada pela seguradora. A Sadia embarca aproximadamente 20 mil toneladas por m?s de aves a partir do porto de Itaja?, aproximadamente 20% do total de suas exporta??es.

Ainda de acordo com Savoldi, os trabalhos de recupera??o do porto de Itaja? est?o acelerados e h? expectativa de que ele volte a operar parcialmente a partir do dia 20 de dezembro. E a Sadia deve, aos poucos, retomar as vendas externas pelo porto.

Fonte: Ag?ncia Estado.

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