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Qualidade no ar?bica capixaba
Tradicional produtor da variedade conillon, Estado quer deixar sua marca tamb?m como exportador de caf?s finos

Maior produtor de caf? conillon do Pa?s, com ?ndice m?dio de produtividade de 30 sacas/hectare, o Esp?rito Santo quer, agora, investir na produ??o de caf? ar?bica de qualidade reconhecida. Conhecido como "caf? das montanhas" - em refer?ncia ?s caracter?sticas da regi?o onde ? plantado no Estado -, o caf? ar?bica capixaba ocupa 185 mil hectares e ? tradicionalmente cultivado por pequenos produtores, em ?reas de at? 10 hectares.

Nas regi?es serrana e do Capara?, com altitudes que variam de 400 a 1.200 metros, a produ??o de ar?bica ? a principal fonte de renda e o cultivo representa 74% da produ??o estadual. Segundo o secret?rio de Agricultura do Esp?rito Santo, Ricardo Ferreira dos Santos, a produtividade do ar?bica est? estagnada. "Ao contr?rio do cultivo de conillon, que teve variedades novas e a ado??o de tecnologia para elevar a produtividade e melhorar a qualidade, o ar?bica, cultivado h? mais tempo que o conillon, n?o evoluiu na ?ltima d?cada. Vencer esse atraso ? o desafio."

PARQUE ENVELHECIDO

"H? tecnologia dispon?vel para a lavoura, mas, ?s vezes, por falta de recurso ou de informa??o, ela n?o ? aproveitada por esses produtores. O resultado ? que nosso parque cafeeiro de ar?bica est? envelhecido", diz o engenheiro agr?nomo Rom?rio Gava Ferr?o, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper).

Ferr?o ? coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura Sustent?vel e uma das propostas do programa ? a renova??o das ?reas de ar?bica do Estado.

Com investimento de R$ 142,8 milh?es, foi lan?ado recentemente pelo Incaper o Programa Renovar Ar?bica, que pretende substituir, em 15 anos, todo o parque cafeeiro de ar?bica do Estado. Pelo programa, cerca de 20 mil cafeicultores, em 49 munic?pios, v?o receber material gen?tico melhorado e adaptado ? regi?o, assist?ncia t?cnica e cursos de capacita??o de boas pr?ticas de produ??o.

A meta, conforme Ferr?o, ? renovar, a cada ano, cerca de 10 mil hectares. "A cada ano, vamos aumentar a ?rea a ser renovada em 5%."

Hoje, segundo Santos, o principal problema do caf? ar?bica do Estado ? a idade m?dia avan?ada das lavouras - a maioria tem mais de 15 anos. Como consequ?ncia, a produtividade cai, o caf? perde qualidade e a atividade torna-se invi?vel para o pequeno produtor. "Com a ado??o de novas pr?ticas agr?colas, como uma simples an?lise de solo, por exemplo, a situa??o j? muda", acredita Ferr?o. Tanto que o programa calcula um aumento de produtividade de 12 sacas/hectare para 24 sacas/hectare, sem expandir a ?rea plantada. "A ?rea deve at? cair de 185 mil hectares para 173 mil hectares. A tecnologia permite isso", diz Santos.

PRODU??O DOBRADA

Segundo Ferr?o, a ideia ? dobrar a produ??o do Estado, de 2,5 milh?es para 5 milh?es de sacas. "E, desse volume total, queremos que 30% seja de caf? superior, com alto valor agregado, j? que o ar?bica capixaba ? exportado para Europa e Estados Unidos."

A execu??o do programa inclui a participa??o de t?cnicos do Incaper, da iniciativa privada, de associa??es de produtores, cooperativas e outras entidades parceiras, como escolas agrot?cnicas.

A mat?ria-prima do projeto s?o tecnologias j? dispon?veis, como mudas de gen?tica superior, plantio adensado, an?lise de solo e foliar, aduba??o racional da lavoura e manejo do mato entre as ruas do cafezal. Para come?ar, 20 toneladas de sementes, de 16 variedades de caf? adaptadas para o Esp?rito Santo pelo Incaper, est?o sendo multiplicadas.

"Esses viveiristas ser?o os fornecedores de material gen?tico sadio, tolerante a doen?as e altamente produtivos para os participantes do projeto", diz o coordenador do programa. Ainda este ano, mais de 500 treinamentos j? est?o programados, em parceria com o Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES). Os 49 munic?pios participantes foram divididos em seis regi?es e cada uma ter? um grupo gestor.

"Vamos levar ao produtor informa??es t?cnicas e de gerenciamento da propriedade. Al?m de aspectos ligados ? lavoura, como irriga??o, aduba??o baseada em an?lise de solo, cuidados na secagem e processamento de caf?, vamos difundir no??es de administra??o, de gest?o do neg?cio", afirma Ferr?o.

Fonte: Fernanda Yoneya - O Estado de S.Paulo

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