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Entendi e Fechar
Por falta de Boi, Brasil n?o cumpre cota hilton
1 de setembro de 2020

Enquanto a Argentina, onde o governo restringe as exporta??es de carne bovina, conseguiu cumprir 99,99% de sua fatia da cota Hilton, de 28 mil toneladas, o Brasil, que tem um volume de 5 mil toneladas, s? cumpriu 25,32% (1,266 mil toneladas). Os n?meros do volume de cortes nobres destinado ao mercado europeu se referem ao ano-cota 2008/2009, que come?ou em 1 de julho do ano passado e terminou no ?ltimo dia 30 de junho.

Controle aprovado
Novamente, as restri??es impostas pela Uni?o Europeia ? carne brasileira a partir do in?cio de 2008, alegando problemas na rastreabilidade do gado bovino no pa?s, foram a principal raz?o para o desempenho p?fio do Brasil. No ano-cota anterior, o pa?s tamb?m n?o conseguiu cumprir o volume de 5 mil toneladas - exportou 49,62% da cota ou 2.481 toneladas. Mesmo assim o desempenho foi melhor que no ?ltimo ano, quando al?m da menor oferta de animais para abate, frigor?ficos em dificuldades financeiras deixaram de exportar as suas fatias na cota Hilton, caso do Independ?ncia.

A pergunta agora ? como o Brasil conseguir? cumprir a cota adicional de 5 mil toneladas de Hilton, que acaba de obter como compensa??o pelas perdas que registrou depois da entrada de Bulg?ria e Rom?nia na UE em 2007, se n?o foi capaz de exportar nem as 5 mil toneladas que j? tinha?

"Tudo depende da flexibiliza??o [das regras] da UE para que haja mais fazendas para exportar", afirma Ot?vio Can?ado, diretor-executivo da Associa??o Brasileira da Ind?stria Exportadora de Carne Bovina (Abiec). Ele se refere ? regra da UE que prev? que s? uma lista restrita de fazendas rastreadas e certificadas podem fornecer animais para abate e exporta??o da carne ao bloco europeu.

Hoje 1.329 fazendas do Pa?s est?o habilitadas para esse fim. E o n?mero cresce lentamente, j? que o sistema de certifica??o ? trabalhoso, rigoroso e burocr?tico.

O Minist?rio da Agricultura fala na possibilidade de flexibiliza??o por parte da UE - sem que a seguran?a do sistema de certifica??o seja comprometida - h? meses. Eventuais mudan?as, por?m, dependem do resultado da miss?o da UE que esteve no Pa?s para avaliar o sistema de rastreabilidade do gado.

Segundo o presidente do F?rum de Secret?rios Estaduais, Gilman Viana, a ades?o ao processo de rastreabilidade "perdeu velocidade, o pr?mio para animais rastreados caiu de R$ 12 para R$ 8 por arroba". Mas o secret?rio de Minas diz que h? "sinais claros" de retomada. "Os frigor?ficos demonstram interesse, a UE j? come?a a pagar melhor e o sinal de retomada ? claro, ainda que sem impactos bruscos".

Al?m da escassez de animais rastreados para abate para a UE, outro fator que pode ter afetado as exporta??es brasileiras na Hilton no ?ltimo ano foi a decis?o do bloco de suspender as compras de carne bovina congelada dentro da cota, restringindo as importa??es aos cortes frescos e refrigerados. A medida atrapalhou a distribui??o das cotas para os frigor?ficos.

"Com pouco animal para abate, ficou dif?cil formar os lotes de carne resfriada", diz Can?ado. Segundo ele, o acordo sobre a compensa??o pela entrada da Bulg?ria e Rom?nia na UE deve revisar a decis?o sobre a carne congelada, que voltaria a poder ser exportada dentro da cota.

Apesar de chamar a aten??o, os quase 100% obtidos pela Argentina no cumprimento da cota Hilton precisam ser relativizados. Conforme um executivo da ind?stria brasileira, os argentinos fizeram "um grande esfor?o" para manter a imagem de qu?o estrat?gica as exporta??es de cortes da Hilton s?o para o pa?s. Assim, quando perceberam que teriam dificuldade de cumpri-la com cortes nobres, inclu?ram na cota cortes que normalmente n?o s?o contemplados, como cox?o mole e cox?o duro, de animais que atendem as especifica??es definidas pela Hilton.

Exportar menos na cota Hilton significa perda de receita. Os cortes vendidos dentro da cota pagam tarifa de 20%, enquanto no extracota h? imposto de 12, 8 %, mais ? 3.041 por tonelada. Com tarifa menor, ? poss?vel obter pr?mio de cerca de US$ 3 mil por tonelada sobre o extracota.

Fonte: Valor Econ?mico

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