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Ibope confirma o evidente
Aquilo que j? se sabia por fartas evid?ncias ficou demonstrado por id?neo instituto de pesquisa: o Ibope constatou que 72,3% das fam?lias assentadas pelo programa de reforma agr?ria, comandado pelo Incra, n?o obt?m nenhum tipo de renda com a produ??o de seus lotes; 37% n?o est?o produzindo absolutamente nada; 24,6% produzem apenas o necess?rio para se alimentar; e 10,7% n?o conseguem nem o suficiente para o pr?prio abastecimento. Apenas 27% dos assentados auferem alguma renda de sua produ??o.

Segundo a pesquisa, em grande parte a sobreviv?ncia nos assentamentos ? assegurada por aux?lios que v?m de fora. Observou o secret?rio executivo da Confedera??o Nacional da Agricultura (CNA), institui??o que encomendou a pesquisa feita nos assentamentos da reforma agr?ria, distribu?dos por nove Estados: Verificamos que 49% da renda circulante n?o vem da terra, mas sim de aposentadorias, pens?es, Bolsa-Fam?lia e seguro desemprego. Certamente, por se tratar da renda dos assentamentos, e n?o dos recursos destinados a financiar invas?es de terras, ele n?o fez men??o ?s cestas b?sicas e aos repasses de dinheiro p?blico pelas ONGs ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST) e demais movimentos de sem-terra.

Como era de esperar, o MST contestou a pesquisa, qualificando-a de rid?cula e arbitr?ria. J? o presidente do Incra, Rolf Hackbart, tentou desqualificar o instituto de pesquisa por ter entrevistado apenas mil fam?lias de assentados. Como o tamanho da amostragem ? perfeitamente compat?vel com a distribui??o estat?stica normal, dentro dos objetivos e limites do universo pesquisado, de duas uma: ou o presidente do Incra n?o tem a m?nima no??o do que seja estat?stica ou disse o que disse por m?-f?. O ?nico ponto que pareceu uma espantosa novidade foi a confiss?o de quem comanda a institui??o p?blica que realiza o programa de reforma agr?ria do Pa?s, de que n?o tem quaisquer dados sobre a quantidade nem sobre a qualidade da produ??o dos assentamentos criados por esse programa. Em outras palavras, o governo distribui lotes de terras, mas n?o tem ideia do que os que os ganharam fazem com eles.

? f?cil entender por que os assentamentos t?m produ??o irris?ria, os piores ?ndices de desenvolvimento humano e um n?vel de pobreza que mais se assemelha aos de alguns pa?ses africanos. Al?m de o contingente de pessoas assentadas ser, em grande parte, proveniente das periferias das grandes cidades, sem qualquer experi?ncia de trabalho ou produ??o rural, as mobiliza??es do MST e assemelhados para opera??es de invas?es de fazendas, destrui??o de lavouras e tantas outras formas de vandalismo certamente n?o lhes deixam tempo, condi??o, ou disposi??o para trabalhar no cultivo da terra.

E invadir ? a principal atividade do MST. Mat?ria de nossa edi??o de domingo d? conta de que os l?deres emessetistas formados no Pontal do Paranapanema, regi?o do Estado com maior n?mero de conflitos fundi?rios, agora querem abrir outra frente em regi?o de terras mais ricas, com melhor acesso rodovi?rio e maior proximidade de mercado. A regi?o de Iaras, Borebi e Agudos, nos arredores de Bauru, n?o foi escolhida aleatoriamente. ? que o Incra apontou ali a exist?ncia de 17 mil hectares de poss?veis terras devolutas. Quer dizer, n?o importa que haja conflitos fundi?rios aguardando o pronunciamento da Justi?a. Basta a possibilidade de que haja terras devolutas para que o MST promova grandes opera??es de invas?o e devasta??o de fazendas. Os atos de vandalismo praticados na fazenda da Cutrale ? que receberam reprova??o at? do presidente Lula ? foram cometidos a pretexto de aquelas serem terras griladas e reclamadas pelo Incra, mesmo tendo a empresa propriet?ria exibido sua titularidade, reconhecida por decis?es judiciais.

Enquanto isso, o ministro do Desenvolvimento Agr?rio, Guilherme Cassel, al?m de negar a exist?ncia de repasses de verbas p?blicas para o MST (desmentindo, assim, dados do Tribunal de Contas da Uni?o), afirma que a rea??o contra o vandalismo do MST n?o passa de uma onda persecut?ria contra os movimentos sociais. Mas o Brasil inteiro viu pela TV o que fazem os inocentes perseguidos do sr. Cassel.



Fonte: O Estado de S. Paulo

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