Custo cai e pecuarista amplia investimento
O pre?o da vaca continua acompanhando o do boi, indicando que o pecuarista est? deixando de abater a f?mea para deix?-la procriar. Em janeiro, a arroba da vaca at? entrou em vantagem. Come?ou o m?s valendo R$ 79 e, agora recuou para R$ 77 (-2,5%), enquanto a do boi desvalorizou-se 3,4% no per?odo em S?o Paulo. O indicador mostra que a tend?ncia de, pelo menos, reposi??o do rebanho no Pa?s, se mant?m. Apesar do pre?o da arroba do boi gordo ter recuado, os custos para engord?-lo tamb?m est?o em queda forte, inclusive em uma curva mais acentuada.
Desde junho, o valor da arroba do boi caiu 8%, de R$ 91,76 na m?dia do m?s em S?o Paulo, para R$ 84. Neste mesmo per?odo, o custo de produ??o ficou 13% menor para a pecu?ria de alta tecnologia, segundo levantamento da Scot Consultoria. Fabiano Tito Rosa, da consultoria, explica at? outubro, os insumos para pecu?ria estavam em alta. A revers?o iniciou em outubro, principalmente, dos insumos feitos a partir de derivados de petr?leo, como a ur?ia, usado na produ??o de fertilizante e tamb?m na de suplementos minerais. "Esses suplementos, que foram os vil?es de 2008, recuaram 5,8% somente em janeiro", acrescenta Rosa.
A pecu?ria de baixa tecnologia, que tem um peso maior do custo com m?o-de-obra, sofreu uma infla??o de 5% entre junho de 2008 e janeiro de 2009. "Esse tipo de pecu?ria, caracterizada pelo boi de pasto, usa menos insumos, por isso, vai sentir menos o impacto da queda desse tipo de produto", justifica o especialista.
"O que estimula o pecuarista a aumentar o rebanho ? o lucro e, portanto, se h? redu??o de custo maior do que o pre?o, a lucratividade est?, pelo menos, preservada. Acredito que neste cen?rios, o pecuarista v?o manter investimentos, apesar de em um ritmo menor do que se esperava antes da crise", avalia Jos? Vicente Ferraz, diretor-t?cnico da AgraFNP.
Os dados mais atualizados sobre abate de vacas no Pa?s ? de setembro de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE). Nos nove meses de 2008 foram abatidos 3% menos boi gordo do que em igual per?odo do ano passado, enquanto que o descarte de vacas foi 9% menor, segundo o instituto. "Se formos considerar apenas terceiro trimestre de 2008, na compara??o com o mesmo per?odo de 2007, o abate de vacas caiu 12%", diz.
Desde o in?cio de 2006 - pico do descarte de matrizes - o pre?o da vaca em S?o Paulo subiu 61%, enquanto o do boi, no mesmo per?odo, valorizou-se 57%. A arroba da vaca valia R$ 48,16 e foi para R$ 77,65 e do boi R$ 53,79 para R$ 84,65, segundo a Scot Consultoria.
Esse movimento de reten??o de matriz para reprodu??o vem sendo percebido nos ?ltimos dois anos, segundo Tito Rosa. "H? sinais de que os planos do pecuarista de investir no rebanho n?o mudaram. Os dados oficiais de descarte de matrizes ? um deles. O outro ? a valoriza??o do pre?o da vaca em rela??o ao boi", explica Rosa.
O pecuarista Marcos Reinach, que det?m um rebanho de 4 mil cabe?as em Aparecida do Taboado (MS), comprou 70% do seu gado para reposi??o at? setembro do ano passado e suspendeu novas aquisi??es depois que o mercado come?ou a sinalizar queda. Agora ao final de janeiro ele retomou as ordens de compra e est? pagando 15% menos. "Paguei em setembro R$ 650 por um bezerro, valor que agora est? em R$ 550", compara Reinach, que vai manter seus investimentos.
O bezerro representa em torno de 50% do custo de produ??o da atividade de recria e engorda. A maior oferta, resultado da reten??o de vacas, est? h? alguns meses provocando a desvaloriza??o do novilho. Segundo dados da Scot Consultoria, em junho do ano passado, um bezerro de 12 meses com 7 arrobas valia R$ 750, valor que hoje est? em R$ 650 (S?o Paulo), queda de 13,3%, mais acentuada que a do boi gordo, de 85.
Crescimento
Apesar de os pre?os da vaca e do bezerro indicarem certo movimento positivo na forma??o ou reposi??o do rebanho, ainda ? cedo para projetar crescimento em 2009, segundo Ferraz, da AgraFNP. A incerteza em rela??o ? demanda mundial por carnes e o pessimismo nos mercados apenas permitem que analistas se limite a prever produ??o igual ou mesmo inferior a 2008, que j? foi menor do que no ano anterior.
Segundo dados do Minist?rio da Agricultura, os abates bovinos no Pa?s (com inspe??o federal) foram de 22,03 milh?es de cabe?as, queda de 12% na compara??o com os 25 milh?es de 2007. O volume s? ? maior do que a de 2004, quando foram abatidos 20 milh?es de cabe?as. "A situa??o dos frigor?ficos n?o est? nada f?cil. Antes da crise mundial, o setor j? vinha de margens apertadas por causa da alta da arroba, que representa 90% do custo na ind?stria. Agora, temos uma crise de cr?dito que afeta a demanda. Isso deve dificultar ainda mais, avalia Rosa. Em janeiro, as exporta??es de carne repetiram a queda de dezembro e novembro. De acordo com a Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) na m?dia semanal, janeiro de 2009 registrou embarques 23,2% inferiores ?s m?dias semanais de janeiro de 2008.
Fonte: Gazeta Mercantil
Desde junho, o valor da arroba do boi caiu 8%, de R$ 91,76 na m?dia do m?s em S?o Paulo, para R$ 84. Neste mesmo per?odo, o custo de produ??o ficou 13% menor para a pecu?ria de alta tecnologia, segundo levantamento da Scot Consultoria. Fabiano Tito Rosa, da consultoria, explica at? outubro, os insumos para pecu?ria estavam em alta. A revers?o iniciou em outubro, principalmente, dos insumos feitos a partir de derivados de petr?leo, como a ur?ia, usado na produ??o de fertilizante e tamb?m na de suplementos minerais. "Esses suplementos, que foram os vil?es de 2008, recuaram 5,8% somente em janeiro", acrescenta Rosa.
A pecu?ria de baixa tecnologia, que tem um peso maior do custo com m?o-de-obra, sofreu uma infla??o de 5% entre junho de 2008 e janeiro de 2009. "Esse tipo de pecu?ria, caracterizada pelo boi de pasto, usa menos insumos, por isso, vai sentir menos o impacto da queda desse tipo de produto", justifica o especialista.
"O que estimula o pecuarista a aumentar o rebanho ? o lucro e, portanto, se h? redu??o de custo maior do que o pre?o, a lucratividade est?, pelo menos, preservada. Acredito que neste cen?rios, o pecuarista v?o manter investimentos, apesar de em um ritmo menor do que se esperava antes da crise", avalia Jos? Vicente Ferraz, diretor-t?cnico da AgraFNP.
Os dados mais atualizados sobre abate de vacas no Pa?s ? de setembro de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE). Nos nove meses de 2008 foram abatidos 3% menos boi gordo do que em igual per?odo do ano passado, enquanto que o descarte de vacas foi 9% menor, segundo o instituto. "Se formos considerar apenas terceiro trimestre de 2008, na compara??o com o mesmo per?odo de 2007, o abate de vacas caiu 12%", diz.
Desde o in?cio de 2006 - pico do descarte de matrizes - o pre?o da vaca em S?o Paulo subiu 61%, enquanto o do boi, no mesmo per?odo, valorizou-se 57%. A arroba da vaca valia R$ 48,16 e foi para R$ 77,65 e do boi R$ 53,79 para R$ 84,65, segundo a Scot Consultoria.
Esse movimento de reten??o de matriz para reprodu??o vem sendo percebido nos ?ltimos dois anos, segundo Tito Rosa. "H? sinais de que os planos do pecuarista de investir no rebanho n?o mudaram. Os dados oficiais de descarte de matrizes ? um deles. O outro ? a valoriza??o do pre?o da vaca em rela??o ao boi", explica Rosa.
O pecuarista Marcos Reinach, que det?m um rebanho de 4 mil cabe?as em Aparecida do Taboado (MS), comprou 70% do seu gado para reposi??o at? setembro do ano passado e suspendeu novas aquisi??es depois que o mercado come?ou a sinalizar queda. Agora ao final de janeiro ele retomou as ordens de compra e est? pagando 15% menos. "Paguei em setembro R$ 650 por um bezerro, valor que agora est? em R$ 550", compara Reinach, que vai manter seus investimentos.
O bezerro representa em torno de 50% do custo de produ??o da atividade de recria e engorda. A maior oferta, resultado da reten??o de vacas, est? h? alguns meses provocando a desvaloriza??o do novilho. Segundo dados da Scot Consultoria, em junho do ano passado, um bezerro de 12 meses com 7 arrobas valia R$ 750, valor que hoje est? em R$ 650 (S?o Paulo), queda de 13,3%, mais acentuada que a do boi gordo, de 85.
Crescimento
Apesar de os pre?os da vaca e do bezerro indicarem certo movimento positivo na forma??o ou reposi??o do rebanho, ainda ? cedo para projetar crescimento em 2009, segundo Ferraz, da AgraFNP. A incerteza em rela??o ? demanda mundial por carnes e o pessimismo nos mercados apenas permitem que analistas se limite a prever produ??o igual ou mesmo inferior a 2008, que j? foi menor do que no ano anterior.
Segundo dados do Minist?rio da Agricultura, os abates bovinos no Pa?s (com inspe??o federal) foram de 22,03 milh?es de cabe?as, queda de 12% na compara??o com os 25 milh?es de 2007. O volume s? ? maior do que a de 2004, quando foram abatidos 20 milh?es de cabe?as. "A situa??o dos frigor?ficos n?o est? nada f?cil. Antes da crise mundial, o setor j? vinha de margens apertadas por causa da alta da arroba, que representa 90% do custo na ind?stria. Agora, temos uma crise de cr?dito que afeta a demanda. Isso deve dificultar ainda mais, avalia Rosa. Em janeiro, as exporta??es de carne repetiram a queda de dezembro e novembro. De acordo com a Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) na m?dia semanal, janeiro de 2009 registrou embarques 23,2% inferiores ?s m?dias semanais de janeiro de 2008.
Fonte: Gazeta Mercantil