Crise na agricultura
Agricultura ? uma atividade c?clica. Ainda mais, se analisada em per?odos curtos de tempo. Vari?veis m?ltiplas de dif?cil controle.
Vista pelo seu desempenho m?dio, no entanto, ? sempre evolutiva. Principalmente, em regi?es do planeta com grandes extens?es de terras agricult?veis, condi??es clim?ticas favorecidas e elos ?tnicos e culturais propensos ? dedica??o ao plantio. Coisa nossa.
Produ??o destinada ? manuten??o da vida, que cresce a cada dia e demanda mais alimentos e energia.
Contribuem para os per?odos de crise, entre outros fatores, adversidades clim?ticas, escassez de financiamento para o per?odo que vai do plantio ? venda, pre?os n?o remuneradores no mercado, falta de planejamento e governos omissos com o setor.
Da? vermos, de tempos em tempos, Jecas Tatus e Viscondes de Mau? pedindo a rolagem de suas d?vidas. Tamb?m, um ou outro Macuna?ma. Incautos que nos ciclos positivos investem seus ganhos em novos ativos ou em consumo, nem sempre ligados ? atividade. Suas certezas: os perd?es futuros bancados pelo Tesouro Nacional.
No in?cio da d?cada de 1970, a matura??o do processo de industrializa??o e a pol?tica econ?mica de substitui??o de importa??es levaram forte impulso ao campo. Iniciativas governamentais permitiram expans?o do cr?dito rural, incentivo ao uso de fertilizante e calc?rio, e desenvolvimento tecnol?gico, com a cria??o, em 1973, da EMBRAPA e o lan?amento do PRO?LCOOL.
Foi uma ?poca de subs?dios fartos, os mesmos que, hoje, a partir dos pa?ses desenvolvidos, tanto nos atormentam.
Tudo correu bem at? que, a partir de 1? de janeiro de 1984, o governo, respondendo ? crise econ?mica mundial oriunda do choque do petr?leo e expressando pol?tica de contorno monetarista, estabeleceu a elimina??o dos subs?dios, uma dr?stica redu??o no cr?dito agr?cola e a libera??o das taxas de financiamento. Pensava-se em "acabar com a farra", mas acabou-se com a agricultura.
A produ??o de alimentos e energia precisa, pelo menos, acompanhar o crescimento populacional. Mais: em pa?ses que possuem regi?es com alta densidade de famintos s?o necess?rios excedentes que ampliem a ra??o alimentar dessas popula??es. Mais ainda: no Brasil, a agricultura deve permitir a gera??o de altos volumes export?veis de produtos prim?rios e industrializados.
Percebe-se pelo gr?fico que a agricultura brasileira somente passou a ter maior express?o a partir do in?cio desta d?cada. Antes disso, apenas acompanhou o aumento da popula??o.
Nos ?ltimos anos, o com?rcio internacional de alimentos e energia, puxado pela expans?o das economias mundiais, permitiu um crescimento de demanda sustentado por pre?os remuneradores, do qual o Brasil foi importante benefici?rio.
Tanto que, entre 2000 e 2007, as exporta??es do agroneg?cio, que representam 40% do total brasileiro, praticamente, triplicaram.
E de agora em diante? O que teremos para a nossa agricultura depois que o cassino internacional, obstru?do pelos lucros virtuais e b?nus gordurosos, resolveu buscar safenas na economia real?
Conversa para a pr?xima semana. Desde que o nosso cora??o ag?ente a insist?ncia da m?dia em fazer da economia o mesmo que Datena e similares fazem com as trag?dias do cotidiano.
Fonte: Rui Daher - administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agr?cola.
Vista pelo seu desempenho m?dio, no entanto, ? sempre evolutiva. Principalmente, em regi?es do planeta com grandes extens?es de terras agricult?veis, condi??es clim?ticas favorecidas e elos ?tnicos e culturais propensos ? dedica??o ao plantio. Coisa nossa.
Produ??o destinada ? manuten??o da vida, que cresce a cada dia e demanda mais alimentos e energia.
Contribuem para os per?odos de crise, entre outros fatores, adversidades clim?ticas, escassez de financiamento para o per?odo que vai do plantio ? venda, pre?os n?o remuneradores no mercado, falta de planejamento e governos omissos com o setor.
Da? vermos, de tempos em tempos, Jecas Tatus e Viscondes de Mau? pedindo a rolagem de suas d?vidas. Tamb?m, um ou outro Macuna?ma. Incautos que nos ciclos positivos investem seus ganhos em novos ativos ou em consumo, nem sempre ligados ? atividade. Suas certezas: os perd?es futuros bancados pelo Tesouro Nacional.
No in?cio da d?cada de 1970, a matura??o do processo de industrializa??o e a pol?tica econ?mica de substitui??o de importa??es levaram forte impulso ao campo. Iniciativas governamentais permitiram expans?o do cr?dito rural, incentivo ao uso de fertilizante e calc?rio, e desenvolvimento tecnol?gico, com a cria??o, em 1973, da EMBRAPA e o lan?amento do PRO?LCOOL.
Foi uma ?poca de subs?dios fartos, os mesmos que, hoje, a partir dos pa?ses desenvolvidos, tanto nos atormentam.
Tudo correu bem at? que, a partir de 1? de janeiro de 1984, o governo, respondendo ? crise econ?mica mundial oriunda do choque do petr?leo e expressando pol?tica de contorno monetarista, estabeleceu a elimina??o dos subs?dios, uma dr?stica redu??o no cr?dito agr?cola e a libera??o das taxas de financiamento. Pensava-se em "acabar com a farra", mas acabou-se com a agricultura.
A produ??o de alimentos e energia precisa, pelo menos, acompanhar o crescimento populacional. Mais: em pa?ses que possuem regi?es com alta densidade de famintos s?o necess?rios excedentes que ampliem a ra??o alimentar dessas popula??es. Mais ainda: no Brasil, a agricultura deve permitir a gera??o de altos volumes export?veis de produtos prim?rios e industrializados.
Percebe-se pelo gr?fico que a agricultura brasileira somente passou a ter maior express?o a partir do in?cio desta d?cada. Antes disso, apenas acompanhou o aumento da popula??o.
Nos ?ltimos anos, o com?rcio internacional de alimentos e energia, puxado pela expans?o das economias mundiais, permitiu um crescimento de demanda sustentado por pre?os remuneradores, do qual o Brasil foi importante benefici?rio.
Tanto que, entre 2000 e 2007, as exporta??es do agroneg?cio, que representam 40% do total brasileiro, praticamente, triplicaram.
E de agora em diante? O que teremos para a nossa agricultura depois que o cassino internacional, obstru?do pelos lucros virtuais e b?nus gordurosos, resolveu buscar safenas na economia real?
Conversa para a pr?xima semana. Desde que o nosso cora??o ag?ente a insist?ncia da m?dia em fazer da economia o mesmo que Datena e similares fazem com as trag?dias do cotidiano.
Fonte: Rui Daher - administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agr?cola.