Crise eleva n?mero de empresas do agroneg?cio em recupera??o judicial
As empresas do agroneg?cio foram as que mais recorreram ? recupera??o judicial nos primeiros cinco meses do ano. Com a retomada da economia no segundo semestre, especialistas acreditam que as companhias do setor devem vivenciar uma situa??o melhor daqui para frente. Nesta segunda, dia 29, a recupera??o judicial foi assunto de um debate na Funda??o Get?lio Vargas, em S?o Paulo.
A crise atingiu muito o setor do agroneg?cio, e para as empresas exportadoras a situa??o foi mais complicada. O reflexo fica n?tido quando se observam os dados apresentados pela Serasa Experian. De janeiro a maio foram 334 pedidos de recupera??o judicial, contra 114 no mesmo per?odo do ano passado. A maior concentra??o est? no agroneg?cio: 18 frigor?ficos, 11 produtores agr?colas e 10 usinas.
Os motivos que levaram as empresas do agroneg?cio a recorrerem aos pedidos de recupera??o judicial foram muitos. No caso das usinas de a??car e ?lcool, antes da crise o cen?rio para investimentos era favor?vel: o pre?o do petr?leo estava em alta e a demanda por etanol era crescente no mercado externo. Essas companhias que estavam investindo se depararam com a falta de liquidez e dificuldade de acesso ao cr?dito com a chegada da crise. Os frigor?ficos tamb?m entraram em dificuldade, mas principalmente em fun??o da queda da demanda internacional.
Com a dificuldade financeira de alguns frigor?ficos e algumas usinas, ocorreram dois processos: a fus?o e a aquisi??o. Para o coordenador do Centro de Agroneg?cio da Funda??o Get?lio Vargas, Roberto Rodrigues, a concentra??o ? um processo natural do mundo globalizado e consequentemente a internacionaliza??o tamb?m acontece.
? Se ? bom para o setor? Depende de como v?o se comportar as usinas concentradas. Se pagarem adequadamente os fornecedores de cana ? como n?o est?o fazendo hoje todas as usinas ? se o setor tiver equil?brio e, sobretudo, se essas novas empresas tiverem a compet?ncia de estabelecer uma estrat?gia para o setor de longo prazo, negociando estrat?gia com o governo, sem d?vida ser? bom ? afirma Rodrigues.
Especialistas acreditam que as empresas do setor agr?cola j? est?o se ajustando e podem esperar uma melhora financeira, principalmente para as companhias que come?aram a atuar mais no mercado interno.
? O mercado interno sinaliza uma recupera??o. A partir do segundo semestre, a economia brasileira deve experimentar um ritmo de crescimento superior ao que a gente vem experimentando no primeiro semestre. Ent?o, o cen?rio no mercado interno ? de melhoria para essas empresas e a recupera??o no cen?rio externo j? est? acontecendo, mas de forma mais lenta ? diz La?rcio de Oliveira Pinto, presidente da Unidade de Neg?cios Pessoa Jur?dica Serasa Experian.
Para uma empresa entrar com o processo de recupera??o judicial, ela deve apresentar um plano em at? 60 dias para que o neg?cio continue funcionando. Este plano deve ser aprovado pela Justi?a e credores, para que ent?o a companhia consiga renegociar d?bitos. A nova lei de recupera??o judicial ? de 2005, mas conforme Carlos Henrique Abr?o, juiz de direito titular em S?o Paulo, com a crise a lei ficou antiga.
? Acessibilidade da lei a todos aqueles que hoje est?o em estado de crise, principalmente para as empresas do Centro-oeste, seria o ideal para o agroneg?cio e tamb?m para alguns setores que foram impactados. Em outros, o governo tem liberado IPI, tem feito concess?es, mas existem tamb?m as pequenas e m?dias empresas que n?o est?o sendo vistas com bons olhos e na lei atual elas foram completamente esquecidas ? diz Abr?o.
Nesta segunda, dia 29, o Instituto Nacional de Recupera??o Empresarial abriu inscri??es para associados. A id?ia principal do instituto ? aprimorar a legisla??o vigente.
? Ajudar na discuss?o de temas controversos para facilitar decis?es do poder judici?rio, enfim, procurar institucionalmente ajudar a recupera??o judicial das empresas tanto na legisla??o, quanto no processo ? afirma Keyler Carvalho Rocha, presidente do Inre.
Economistas explicaram do que depende o sucesso de uma empresa que entrou com pedido de recupera??o judicial.
? Primeiro, um plano de neg?cios realista. Olhar bem quais s?o as chances de sucesso, onde que ela tem vantagens competitivas, onde ela perde dinheiro. Descartar tudo que n?o d?, que n?o acrescenta valor. Como ela pode conseguir mais valor por si pr?pria se juntando a outra empresa para conseguir fazer escala. Ent?o, primeiro fazendo uma boa an?lise, segundo fazendo acontecer ? destaca o economista Roberto Troster.
Fonte: canal Rural
A crise atingiu muito o setor do agroneg?cio, e para as empresas exportadoras a situa??o foi mais complicada. O reflexo fica n?tido quando se observam os dados apresentados pela Serasa Experian. De janeiro a maio foram 334 pedidos de recupera??o judicial, contra 114 no mesmo per?odo do ano passado. A maior concentra??o est? no agroneg?cio: 18 frigor?ficos, 11 produtores agr?colas e 10 usinas.
Os motivos que levaram as empresas do agroneg?cio a recorrerem aos pedidos de recupera??o judicial foram muitos. No caso das usinas de a??car e ?lcool, antes da crise o cen?rio para investimentos era favor?vel: o pre?o do petr?leo estava em alta e a demanda por etanol era crescente no mercado externo. Essas companhias que estavam investindo se depararam com a falta de liquidez e dificuldade de acesso ao cr?dito com a chegada da crise. Os frigor?ficos tamb?m entraram em dificuldade, mas principalmente em fun??o da queda da demanda internacional.
Com a dificuldade financeira de alguns frigor?ficos e algumas usinas, ocorreram dois processos: a fus?o e a aquisi??o. Para o coordenador do Centro de Agroneg?cio da Funda??o Get?lio Vargas, Roberto Rodrigues, a concentra??o ? um processo natural do mundo globalizado e consequentemente a internacionaliza??o tamb?m acontece.
? Se ? bom para o setor? Depende de como v?o se comportar as usinas concentradas. Se pagarem adequadamente os fornecedores de cana ? como n?o est?o fazendo hoje todas as usinas ? se o setor tiver equil?brio e, sobretudo, se essas novas empresas tiverem a compet?ncia de estabelecer uma estrat?gia para o setor de longo prazo, negociando estrat?gia com o governo, sem d?vida ser? bom ? afirma Rodrigues.
Especialistas acreditam que as empresas do setor agr?cola j? est?o se ajustando e podem esperar uma melhora financeira, principalmente para as companhias que come?aram a atuar mais no mercado interno.
? O mercado interno sinaliza uma recupera??o. A partir do segundo semestre, a economia brasileira deve experimentar um ritmo de crescimento superior ao que a gente vem experimentando no primeiro semestre. Ent?o, o cen?rio no mercado interno ? de melhoria para essas empresas e a recupera??o no cen?rio externo j? est? acontecendo, mas de forma mais lenta ? diz La?rcio de Oliveira Pinto, presidente da Unidade de Neg?cios Pessoa Jur?dica Serasa Experian.
Para uma empresa entrar com o processo de recupera??o judicial, ela deve apresentar um plano em at? 60 dias para que o neg?cio continue funcionando. Este plano deve ser aprovado pela Justi?a e credores, para que ent?o a companhia consiga renegociar d?bitos. A nova lei de recupera??o judicial ? de 2005, mas conforme Carlos Henrique Abr?o, juiz de direito titular em S?o Paulo, com a crise a lei ficou antiga.
? Acessibilidade da lei a todos aqueles que hoje est?o em estado de crise, principalmente para as empresas do Centro-oeste, seria o ideal para o agroneg?cio e tamb?m para alguns setores que foram impactados. Em outros, o governo tem liberado IPI, tem feito concess?es, mas existem tamb?m as pequenas e m?dias empresas que n?o est?o sendo vistas com bons olhos e na lei atual elas foram completamente esquecidas ? diz Abr?o.
Nesta segunda, dia 29, o Instituto Nacional de Recupera??o Empresarial abriu inscri??es para associados. A id?ia principal do instituto ? aprimorar a legisla??o vigente.
? Ajudar na discuss?o de temas controversos para facilitar decis?es do poder judici?rio, enfim, procurar institucionalmente ajudar a recupera??o judicial das empresas tanto na legisla??o, quanto no processo ? afirma Keyler Carvalho Rocha, presidente do Inre.
Economistas explicaram do que depende o sucesso de uma empresa que entrou com pedido de recupera??o judicial.
? Primeiro, um plano de neg?cios realista. Olhar bem quais s?o as chances de sucesso, onde que ela tem vantagens competitivas, onde ela perde dinheiro. Descartar tudo que n?o d?, que n?o acrescenta valor. Como ela pode conseguir mais valor por si pr?pria se juntando a outra empresa para conseguir fazer escala. Ent?o, primeiro fazendo uma boa an?lise, segundo fazendo acontecer ? destaca o economista Roberto Troster.
Fonte: canal Rural