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CNA e Fundação Mundial do Cacau debatem parceria para aumentar produção

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, se reuniu, na quarta (8), com o presidente da Fundação Mundial do Cacau (WCF), Chris Vincent, para discutir ações e investimentos para alavancar a produção sustentável do cacau brasileiro.


No encontro, João Martins lembrou que o Brasil já foi o maior produtor e exportador mundial da fruta nos anos 80, antes da chegada da vassoura-de-bruxa, praga que dizimou as lavouras principalmente no sul da Bahia. Segundo ele, com recursos e apoio da iniciativa privada, o setor pode se reerguer e atingir o mesmo patamar do passado.


“O futuro do cacau no Brasil é promissor. Não precisamos abrir novas áreas para produzir, inclusive podemos transformar milhões de hectares de pastagem em algum estado de degradação em agricultura”, disse.


Martins informou que segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ainda há um baixo número de plantas por cada hectare nas áreas tradicionais. “Há espaço para realizar a renovação com a ampliação da densidade de plantas por hectare, o que daria um salto significativo na produtividade”.


Para o presidente da WCF, Chris Vincent, o plano de negócios de investimentos para a cadeia produtiva do cacau é enorme e que há muito potencial de parceria com o Brasil. “Por muitos anos a estratégia da WCF esteve focada no continente africano. Minha visita ao Brasil é para mudar esse foco, buscando parcerias com entidades, governo e investidores para apoiar essa relação”.


O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, informou que a ATeG do Senar Bahia tem focado no aumento da produtividade do cacau em áreas tradicionais e não tradicionais, utilizando a mesma área plantada, e também na sustentabilidade da produção. “Ainda atendemos poucos produtores diante da necessidade do estado, mas com parcerias podemos aumentar a quantidade e mudar esse cenário”.


Chris Vincent esteve acompanhado de representantes da CocoaAction Brasil, uma iniciativa da WCF que reúne oito empresas (Barry Callebaut, Cargill, Dengo, Harald, Mars Wrigley, Mondelēz International, Nestlé e Ofi) para desenvolver a cacauicultura no país com foco na sustentabilidade.


O gerente da CocoaAction Brasil, Pedro Ronca, disse que em dez anos a demanda da indústria moageira por amêndoas de cacau deve aumentar 1 milhão de toneladas e o Brasil é o país com maior potencial para atender essa demanda, isso porque o maior produtor da fruta do mundo – a Costa do Marfim – está no seu limite de produção.


“Nos últimos dois anos, as oito empresas que fazem parte da iniciativa entenderam que o Brasil é a bola da vez e que a oportunidade de fornecimento da amêndoa do cacau está aqui. Ninguém tem interesse de importar cacau, até porque nenhum outro país tem a capacidade e profissionalismo do Brasil para fornecer o produto. Então o nosso objetivo é captar recursos, firmar parcerias e criar estratégias para fomentar a cadeia produtiva de cacau brasileira”, explicou Pedro.


Durante o encontro, o coordenador da CocoaAction Brasil, Guilherme Salata, afirmou que o Brasil tem capacidade de retomar a média da produtividade de cacau do passado. “Existem oportunidades da produção ao consumo. A indústria chocolateira tem interesse em investir. Se aumentarmos em 150 kg/ha, chegando a 450 kg/ha, o impacto seria de R$ 1 bilhão no bolso produtor. É o aumento de produtividade como vetor de gerador de renda”. 


O diretor geral do Senar, Daniel Carrara, reiterou que ações pontuais não aumentam a produtividade do cacau no país e que o desafio é mudar a realidade atual. “Se existe a possibilidade de aumentar a demanda mundial por amêndoas, então temos que pensar grande e ir além. Em conjunto, temos condição para ampliar a produção nacional e sermos fornecedores estratégicos no mercado mundial”.


Também participaram da reunião o consultor técnico da CocoaAction Brasil, Vitor Stella, a presidente executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Lose, o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Jaime Recena, o vice-presidente da Faeb, Guilherme de Castro Moura, o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, o presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, o diretor técnico, Bruno Lucchi, a diretora de Relações Internacionais, Sueme Mori, o diretor técnico adjunto, Maciel Silva, e o diretor adjunto de ATeG do Senar, Eduardo Gomes.


Fonte: Comunicação CNA



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