O café avançou na bolsa de Nova York, com investidores atentos aos dados de oferta no Brasil. Nesta segunda-feira (7/8), os lotes do arábica subiram 1,61%, a US$ 1,6395 por libra-peso.
Na reta final de colheita de café no Brasil, começam a surgir algumas dúvidas sobre o potencial da safra, diz Vicente Zotti, sócio-diretor da Pine Agronegócio. Segundo ele, há relatos de que em algumas áreas produtoras a expectativa inicial de produção não será atingida.
“O USDA [Departamento de Agricultura dos EUA] prevê uma safra de 66 milhões de sacas, e um número abaixo disso pode frustrar o mercado, o que pode trazer os preços do café para cima na segunda quinzena de agosto, quando teremos a finalização da colheita no Brasil”, avalia Zotti.
Por enquanto, o analista diz que os preços estão em uma faixa lateral, já que entre compradores e exportações a expectativa é de uma safra cheia. Na visão dos produtores, lembra Zotti, o sentimento não é tão otimista. Nas projeções da Pine, a colheita brasileira de café deverá totalizar 58 milhões de sacas.
Suco de laranja
Na bolsa de Nova York, os contratos do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para setembro, os mais negociados, subiram 1,24%, a US$ 3,0515 por libra-peso.
Cacau
Em um dia de movimentos voláteis, o cacau fechou praticamente estável. Os papéis para setembro caíram 0,03%, a US$ 3.497 por tonelada. Mas os preços ficaram no campo positivo desde o início da sessão, virando de sentido apenas no fechamento. A oferta restrita global ainda deve manter os preços em alta no curto e médio prazos.
As vendas futuras de cacau da Costa do Marfim, maior player global, de 1º de outubro a 7 de julho caíram 13,3% ou 1,3 milhão de toneladas. Além disso, o regulador de cacau da Costa do Marfim, Le Conseil Cafe Cacao, disse em 18 de julho que a Costa do Marfim não está fazendo mais vendas antecipadas de cacau para entrega em 2023/24.