Aumento do custo da ra??o ? novo obst?culo para as carnes
A lista de preocupa??es dos produtores do segmento de produ??o animal, de v?rias regi?es do Brasil, ganhou um item a mais com a not?cia recente da redu??o da safra 2008/09 de gr?os. O fato ter? como consequ?ncia o aumento dos pre?os da ra??o utilizada na engorda. H? quem espere eleva??o de pre?os do insumo imediata e h?, ainda, quem tenha expectativa de que os efeitos vir?o a partir de junho.
Eleva??o de custos em um ano cujo cen?rio em rela??o ? demanda ainda ? incerto e pode sofrer oscila??o, por conta dos reflexos da crise global, est? deixando produtores da cadeia animal sem saber a melhor maneira de planejar o ano que vem pela frente. A aposta, diversas vezes, ser? feita no escuro.
? o exemplo de pecuaristas confinadores de diversos estados. Para muitos deles, embora n?o haja data exata para isso, os tr?s primeiros meses do ano s?o um per?odo crucial para decidir o tamanho da safra. "Estamos no meio de um processo de decis?o. A ?poca ? essa", afirma Juan Lebr?n, diretor da Assocon, que representa 47 confinadores de seis estados brasileiros, propriet?rios de 547 mil cabe?as de gado.
De olho na cota??o da arroba do boi gordo indicada pelos mercados futuros, muitos confinadores planejam agora o tamanho de sua safra, ou seja, a quantidade de bois magros ou animais mais jovens que ser?o adquiridos para a engorda e posterior comercializa??o, al?m do volume de insumos necess?rio para a ra??o. No entanto, os pre?os futuros n?o s?o animadores em um cen?rio econ?mico incerto. N?o se sabe se essas cota??es poder?o ou n?o reagir. O risco sempre existe, mas em 2009 o cen?rio ? mais incerto.
Em outro ramo, o de aves, o produtor catarinense Virg?nio Zardo tampouco gostou da not?cia sobre a quebra da safra de gr?os. "? preocupante sim. Eu j? esperava faturar pelo menos R$ 3 mil a menos em 2009, por conta do ajuste de produ??o devido ? crise. A quebra da safra vai encarecer a ra??o e piorar um pouco o quadro", conta. Ele espera que o os reflexos do encarecimento dos insumos dever?o chegar em junho ou julho.
Zardo conta que j? havia aumentado o intervalo de produ??o entre os lotes, de tr?s para oito dias. A redu??o da produ??o foi recomendada por entidades dirigentes do setor logo ap?s o estouro da crise, de modo a evitar excessos diante de um quadro de desacelera??o de exporta??es. Zardo ? integrado da Aurora Alimentos e produz cerca de 52,5 mil aves por ano. Ele acrescenta que h? produtores integrados que est?o cumprindo intervalos produtivos de 30 dias, por n?o conseguirem atingir as metas de produ??o desejadas pela empresa.
J? o produtor ?rico Tormem, propriet?rio da Cabanha Chapec?, conta com aumento de gastos com farelo de soja e milho a partir de mar?o ou abril. "Esse tipo de efeito ? imediato, quando come?am a comercializar a safra de gr?os", comenta. Ele possui rebanho de 750 cabe?as de ovelhas e sua forte aposta ? no leite.
Confinamento e risco
O que est? deixando muitos confinadores no escuro ? o fato de os contratos futuros de outubro da arroba do boi gordo na BM&F Bovespa apontarem para valores desanimadores, o que deixa a rentabilidade que est? por vir muito pr?xima dos pre?os do boi magro. "Os contratos de outubro n?o est?o reagindo por conta do cen?rio econ?mico incerto. A diferen?a entre o pre?o do boi magro adquirido hoje e a cota??o do boi gordo no mercado futuro ? de apenas R$ 2. A rentabilidade ? baixa, n?o fecha a conta", avalia Lebr?n, da Assocon. Diz o dirigente que a diferen?a ideal deveria de ser de, no m?nimo, R$ 10. Em 2008, chegou a R$ 20.
"Eu particularmente acho que essa diferen?a entre pre?o de boi magro e do boi gordo vai aumentar e alcan?ar entre R$ 10 e R$ 12. O boi deve chegar a R$ 90 na hora da venda efetivamente. Acontece que as decis?es t?m de ser tomadas agora, no escuro".
Ontem, os contratos futuros de outubro de 2009 apontavam para R$ 81,90 a arroba. ? vista, segundo a Scot Consultoria, em Ara?atuba (SP), valia R$ 82 a arroba. A Assocon acredita em queda de volume do confinamento em 2009. A entidade iniciar? levantamento no m?s que vem. Em 2008, o Pa?s confinou 2,8 milh?es de cabe?as e a Assocon foi respons?vel por 650 mil cabe?as desse total.
Os produtores de prote?na animal (bovinos, su?nos e aves) est?o preocupados com o aumento no pre?o da ra??o causado pela quebra de safra, o que elevar? os custos de produ??o.
Fonte: DCI
Eleva??o de custos em um ano cujo cen?rio em rela??o ? demanda ainda ? incerto e pode sofrer oscila??o, por conta dos reflexos da crise global, est? deixando produtores da cadeia animal sem saber a melhor maneira de planejar o ano que vem pela frente. A aposta, diversas vezes, ser? feita no escuro.
? o exemplo de pecuaristas confinadores de diversos estados. Para muitos deles, embora n?o haja data exata para isso, os tr?s primeiros meses do ano s?o um per?odo crucial para decidir o tamanho da safra. "Estamos no meio de um processo de decis?o. A ?poca ? essa", afirma Juan Lebr?n, diretor da Assocon, que representa 47 confinadores de seis estados brasileiros, propriet?rios de 547 mil cabe?as de gado.
De olho na cota??o da arroba do boi gordo indicada pelos mercados futuros, muitos confinadores planejam agora o tamanho de sua safra, ou seja, a quantidade de bois magros ou animais mais jovens que ser?o adquiridos para a engorda e posterior comercializa??o, al?m do volume de insumos necess?rio para a ra??o. No entanto, os pre?os futuros n?o s?o animadores em um cen?rio econ?mico incerto. N?o se sabe se essas cota??es poder?o ou n?o reagir. O risco sempre existe, mas em 2009 o cen?rio ? mais incerto.
Em outro ramo, o de aves, o produtor catarinense Virg?nio Zardo tampouco gostou da not?cia sobre a quebra da safra de gr?os. "? preocupante sim. Eu j? esperava faturar pelo menos R$ 3 mil a menos em 2009, por conta do ajuste de produ??o devido ? crise. A quebra da safra vai encarecer a ra??o e piorar um pouco o quadro", conta. Ele espera que o os reflexos do encarecimento dos insumos dever?o chegar em junho ou julho.
Zardo conta que j? havia aumentado o intervalo de produ??o entre os lotes, de tr?s para oito dias. A redu??o da produ??o foi recomendada por entidades dirigentes do setor logo ap?s o estouro da crise, de modo a evitar excessos diante de um quadro de desacelera??o de exporta??es. Zardo ? integrado da Aurora Alimentos e produz cerca de 52,5 mil aves por ano. Ele acrescenta que h? produtores integrados que est?o cumprindo intervalos produtivos de 30 dias, por n?o conseguirem atingir as metas de produ??o desejadas pela empresa.
J? o produtor ?rico Tormem, propriet?rio da Cabanha Chapec?, conta com aumento de gastos com farelo de soja e milho a partir de mar?o ou abril. "Esse tipo de efeito ? imediato, quando come?am a comercializar a safra de gr?os", comenta. Ele possui rebanho de 750 cabe?as de ovelhas e sua forte aposta ? no leite.
Confinamento e risco
O que est? deixando muitos confinadores no escuro ? o fato de os contratos futuros de outubro da arroba do boi gordo na BM&F Bovespa apontarem para valores desanimadores, o que deixa a rentabilidade que est? por vir muito pr?xima dos pre?os do boi magro. "Os contratos de outubro n?o est?o reagindo por conta do cen?rio econ?mico incerto. A diferen?a entre o pre?o do boi magro adquirido hoje e a cota??o do boi gordo no mercado futuro ? de apenas R$ 2. A rentabilidade ? baixa, n?o fecha a conta", avalia Lebr?n, da Assocon. Diz o dirigente que a diferen?a ideal deveria de ser de, no m?nimo, R$ 10. Em 2008, chegou a R$ 20.
"Eu particularmente acho que essa diferen?a entre pre?o de boi magro e do boi gordo vai aumentar e alcan?ar entre R$ 10 e R$ 12. O boi deve chegar a R$ 90 na hora da venda efetivamente. Acontece que as decis?es t?m de ser tomadas agora, no escuro".
Ontem, os contratos futuros de outubro de 2009 apontavam para R$ 81,90 a arroba. ? vista, segundo a Scot Consultoria, em Ara?atuba (SP), valia R$ 82 a arroba. A Assocon acredita em queda de volume do confinamento em 2009. A entidade iniciar? levantamento no m?s que vem. Em 2008, o Pa?s confinou 2,8 milh?es de cabe?as e a Assocon foi respons?vel por 650 mil cabe?as desse total.
Os produtores de prote?na animal (bovinos, su?nos e aves) est?o preocupados com o aumento no pre?o da ra??o causado pela quebra de safra, o que elevar? os custos de produ??o.
Fonte: DCI