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Agricultura perde metade dos recursos
O an?ncio de cortes nos or?amentos dos minist?rios por causa da queda decorrente da crise econ?mica mundial na arrecada??o de impostos assustou o setor da agricultura. Dos R$ 2,22 bilh?es previstos, apenas R$ 1,16 bilh?o (52%) devem estar dispon?veis ao Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa), segundo o Decreto 6.808, publicado na segunda-feira no Di?rio Oficial da Uni?o. At? ontem, as entidades que representam a agropecu?ria n?o tinham conseguido medir o impacto da decis?o. Tentavam apenas acompanhar o processo de perto, para influenciar na dire??o dos cortes.

Proporcionalmente, o Minist?rio da Agricultura teve o terceiro maior corte ? superado apenas por Turismo (86,4%) e Esporte (85,7%) ? e o mais representativo para a economia do Paran?, baseada no agroneg?cio. A situa??o s? muda se, no segundo semestre, a arrecada??o de impostos melhorar e houver nova revis?o na aplica??o do or?amento.

Ainda n?o foram indicados departamentos ou programas que ter?o as despesas reduzidas. Os minist?rios da Fazenda e do Planejamento informaram que tradicionalmente n?o definem esses alvos em cada minist?rio, deixando aberta uma disputa em que tende a sair menos prejudicado quem tem maior influ?ncia. O Planejamento publicou que as despesas de investimento ser?o mais afetadas que as de custeio em todos os setores. A Agricultura informou que vai priorizar ?reas como defesa animal e vegetal.

Na avalia??o dos especialistas, o contingenciamento (que se transformar? em corte se a receita realmente for menor) mostra que a agricultura teve menos prioridade que a ind?stria de autom?veis, por exemplo. ?? uma evid?ncia de que esse governo ? igual aos outros. Oferece mais prote??o ao emprego urbano que ao rural?, afirma o economista rural Jos? Roberto Canziani, professor da Universidade Federal do Paran? (UFPR).

Por outro lado, ele considera que os cortes t?m um lado positivo. Indicam que o governo est? adequando gastos a uma nova realidade, que j? atingiu o setor privado. O cr?dito dispon?vel aos financiamentos agr?colas de custeio e investimento tende a cair no pr?ximo ano-safra.

A falta de dinheiro no setor privado deve ter mais influ?ncia que os cortes or?ament?rios do governo no plano de financiamento da safra 2009/10. Os agricultores esperam algo em torno de R$ 100 bilh?es a juro padr?o de 6,75% ao ano. O valor ? 85 vezes maior que o or?amento deste ano do Minist?rio da Agricultura. A equaliza??o dos juros, no entanto, depende de dinheiro p?blico.

Enquanto o or?amento p?blico da agricultura ? reduzido, os bancos s?o for?ados a reter mais dinheiro para o cr?dito rural. O Conselho Monet?rio Nacional (CMN) prorrogou para 2010 a validade dos ?ndices de 30% de reten??o nos dep?sitos ? vista e 70% na poupan?a rural, que eram 5 pontos inferiores at? outubro do ano passado.

?A agricultura vai depender essencialmente do setor privado?, afirma o economista Carlos Jos? Caetano Pacha, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Esalq), da Universidade de S?o Paulo (USP). Se os dep?sitos ? vista n?o ocorrerem na mesma propor??o de anos anteriores, h? risco de redu??o nos financiamentos da pr?xima safra, considera. Neste caso, regi?es como Centro-Oeste, que dependem fortemente de dinheiro inclusive sem equaliza??o de juros, ser?o as mais atingidas, observa.

Fonte: Gazeta do POvo

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