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Café do Ano: Produtor atendido pela ATeG do Senar-ES vence categoria Conilon
O Espírito Santo dominou a lista de vencedores do Coffee of The Year de 2023. O primeiro colocado na categoria Conilon no Café do Ano é um produtor atendido pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-ES.

Wagner Gomes Lopes, de Alto Rio Novo, no Noroeste do estado, foi o grande campeão, mas não foi o único capixaba no pódio. Na categoria Conilon, entre os cinco produtores selecionados, quatro são capixabas. Em quinto lugar, ficou Adair Batista Borges, do mesmo município, que também é atendido pela ATeG.

O vencedor diz ter sido uma grata surpresa ganhar a amostra com sua primeira colheita e celebra o destaque de Alto Rio Novo. “Para nós, estarmos classificados entre os 30 primeiros já foi uma vitória. O resultado final com duas amostras de Alto Rio Novo entre os cinco primeiros, sendo uma campeã, vai ser um divisor de águas para a cafeicultura do município”, celebra.


     


Na terceira posição ficou Pedro Marcos Dermatine Castro, de Jerônimo Monteiro, que já foi assistido pela Assistência Técnica em turmas passadas. Além do quarto colocado, de Alegre, que fechou a lista de capixabas no Conilon, a categoria Arábica contou com outros quatro produtores do interior do Espírito Santo. Sendo três de Iúna e um de Marechal Floriano.

A supervisora geral da ATeG do Senar-ES, Cristiane Veronesi, ressalta a importância da gestão das propriedades para os produtores selecionados. “Fazemos a gestão, focada na sustentabilidade, e o técnico, juntamente com o produtor, faz os cálculos e vê a possibilidade de fazer um café de qualidade”, aponta.

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-ES, atua nas propriedades rurais com intuito de capacitar e fazer com que a empresa rural obtenha lucro.

Com a intenção de torrar o café apenas para a família e amigos, Wagner, que nasceu na capital Vitória, diz ter ficado cético em relação à competição, apesar da dedicação. “Eu tive a oportunidade de plantar minha lavoura com muito investimento, muito trabalho e muita persistência. Mas principalmente pra gente que não está acostumado com esse mundo, é muito difícil. Mas a persistência valeu a pena”, comemora.

Cristiane explica que, por ser uma commodity, a cultura do café conilon não está focada na qualidade e sim, na grande produção. Com o objetivo de mudança, os técnicos de campo levam conhecimentos de prática ao produtor, que, por sua vez, compreendem que a lucratividade também é possível sob um outro olhar diante da qualidade do café.

O Técnico da Regional Sul da Senar-ES, Rodrigo Tomazeli, fala sobre a importância dos treinamentos dados pela instituição. São eles: Classificação de Café, Degustação de Café e Torra de Café. “Esses treinamentos mostram aos produtores assistidos que eles mesmos podem identificar a qualidade de seu café. A partir desse momento, basta aperfeiçoar e executar algumas técnicas, para que a qualidade seja alcançada de acordo com a realidade de cada propriedade”, afirma.

Semana Internacional do Café

Os vencedores do Coffee of The Year foram divulgados na Semana Internacional do Café (SIC), que aconteceu em Belo Horizonte, entre os dias 8 e 10 de novembro. Reunindo produtores, técnicos e especialistas do Brasil afora, a SIC contou com a palestra “Sustentabilidade da Cafeicultura Brasileira: Case Espírito Santo”.

Mostrando resultados da ATeG e a importância da gestão nas propriedades, a palestra de Veronesi foi bem recebida por quem estava presente no evento. “Tecnicamente, os produtores já nascem e crescem sabendo fazer a parte técnica da produção, seja do café, do leite, pimenta-do-reino. Quando se fala em gestão, eles ficam interessados por se tratar de um assunto novo”, ressalta.

Michel Tesch, subsecretário da Secretaria de Agricultura do Espírito Santo (Seag), apresentou o programa de sustentabilidade do Governo do Estado, enquanto a supervisora geral da ATeG apresentou os resultados de gestão do conilon e do arábica.

Na palestra conduzida por Cristiane, foram citados também os resultados da ferramenta ISA — Indicadores de Sustentabilidade em Agroecossistemas — que são aplicados em toda a propriedade, como um diagnóstico que avalia a sustentabilidade, para dar base para fazer o planejamento estratégico que faz parte do programa de assistência técnica e gerencial do Senar.

As trocas de experiências que acontecem na SIC fazem com que produtores de todo o mundo aprendam um pouco mais sobre a cafeicultura. Cada um levando o que sabe de melhor do assunto.




O Técnico da Regional Sul, Rodrigo Tomazeli, citou alguns motivos pelo qual a participação dos produtores nesses eventos se torna importante. Como: Divulgação de marca; rede de contato com fornecedores; network com empresas e outros produtores; palestras sobre temas de café especial e mercado adquirente; e técnicas para aprimorar a produção e a própria qualidade do café.

“Os produtores que não fazem qualidade começam a enxergar um nicho de mercado promissor. Passam a fazer realmente a administração da propriedade para garantir um produto de qualidade e ter lucro em cima do seu café. Enquanto produtores que já fazem qualidade, começam a fazer network para venda dos próprios cafés”, conta Cristiane.

O técnico completa citando a importância da Semana Internacional do Café. “Eventos como a SIC reúne pessoas que buscam o mesmo objetivo, porém com um potencial a mais. Como os possíveis compradores, que ao certificar que os produtores seguem todo rito da sustentabilidade e outras certificações para o mercado externo, podem adquirir um produto de notória qualidade e diretamente do produtor rural”, exemplifica Tomazeli.

A supervisora da ATeG ainda ressalta a importância de levar produtores assistidos e técnicos de campo para o evento, por ser uma troca não só a nível nacional, como internacional.

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